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Moradores de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, se reuniram na manhã deste domingo (12) para protestarem contra o governo federal e a corrupção, e também pedir investigação do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). A concentração começou por volta das 9h, na Praça do Mitre, no centro da cidade. De lá, os manifestantes seguiram em carreata, escoltados pela Polícia Militar (PM) e Guarda Municipal (GM) até a Praça da Paz, a poucos metros de distância, com faixas dizendo “Basta de corrupção”, “Investigação no BNDES já”, “Reforma Tributária” e “Fora Dilma”.

Segundo a PM, cerca de 1,2 mil pessoas participaram do ato, já os organizadores falam em 3 mil. Ainda assim, bem menor do que a manifestação do último dia 15 de março, no mesmo local, quando aproximadamente 6 mil pessoas estiveram presentes.

Durante mais de duas horas de protesto, nenhum incidente foi registrado. Havia manifestantes de todas as idades. Segundo Antônio Junior, organizador do protesto em Foz, o ato não é vinculado a partidos políticos. “É uma manifestação pacífica, apartidária. Nosso foco não é impeachment, nosso foco é transparência, justiça social e pedindo a investigação no BNDS”, afirmou.

Com a alta do dólar, a quase R$ 4, muitos turistas ficaram desestimulados a virem a Foz do Iguaçu para fazer compras no Paraguai. É o que reclama a empresária Inelse Savaris, que há 20 anos é dona de um hotel na cidade. De acordo com ela, seu estabelecimento já chegou a ter 90% de ocupação, e atualmente não chega a 50%. “Agora, na Semana Santa, os hotéis, dos grandes aos pequenos, tiveram uma ocupação mínima, não sendo aquilo que a gente esperava nas outras vezes. Mas não só a alta do dólar que influenciou. É essa instabilidade do Brasil. As pessoas começam a ter medo de viajar, de gastar, porque não sabem o futuro, não sabem se vão perder o emprego”, opinou.

Em família

Uma cena muito comum durante a manifestação era a de pais levando seus filhos para o protesto. Foi o que fez Leomar Pinheiro, empresário e pai da Giovana e da Nicole, gêmeas de três anos que andavam em pequenas bicicletas na praça. “Acho que tem que ensinar que todos nós devemos lutar pelos nossos direitos. Desde criança elas têm que aprender a lutar pelo que é seu e pelo que é justo, nós não podemos tirar o que é dos outros e nem pegar o que não é nosso. Eu quero ensinar isso para minhas filhas, que não podemos ficar calados diante disso que está acontecendo em nosso governo”, falou.

Também havia, entre os cartazes, alguns pedindo a intervenção militar no país. Um deles era carregado pela professora Luiza Bergamini, que acredita esta ser a única solução para o Brasil. “Acredito que essa é a nossa última saída, para evitarmos o caos que nosso país está seguindo”, declarou. Mesmo com o governo militar ter sido marcado pelos anos da ditadura no Brasil (de 1964 a 1985), ela não teme que isso possa voltar a acontecer. “Isso não tem a mínima possibilidade de acontecer, a ONU não iria permitir o golpe militar, isso não pode no mundo que estamos vivendo, não tem mais como. Intervenção militar não é golpe militar”, afirmou.

Após chegarem na Praça da Paz, os manifestantes cantaram o hino nacional brasileiro, e o ato, organizado pelas redes sociais, foi encerrado.

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