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Rescaldo

Funcionária da Assembleia é demitida após participar de protesto

Amanda Jaqueline Teixeira, filiada ao PT, era funcionária comissionada da Comissão Mercosul. Líder do PT tentará reverter a decisão, tomada pelo presidente da Alep

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Valdir Rossoni (PSDB), demitiu a funcionária Amanda Jaqueline Teixeira no início da tarde desta terça-feira (6) por ela ter participado do protesto que culminou na invasão no plenário na segunda-feira (5). Filiada ao PT, Amanda era funcionária de confiança (sem concurso público) da Comissão Mercosul da Assembleia desde março deste ano, segundo o Portal da Transparência da Alep.

Rossoni leu o ofício de demissão dela em plenário logo no início da tarde, ao iniciar a sessão desta terça. Ele justificou a medida afirmando que a participação dela na manifestação contraria o que se espera de um servidor.

Amanda teria sido indicada para o cargo pelo deputado professor Lemos (PT). O líder da oposição na Assembleia, deputado Enio Verri (PT), disse que é prerrogativa de Rossoni contratar e demitir os funcionários das comissões, mas que tentaria reverter a dispensa de Amanda e pedir para o presidente da Casa rever o posicionamento.

Durante a sessão, Lemos disse acreditar que a funcionária errou e que deve ser responsabilizada por isso. O deputado, porém, negou ter participado ou auxiliado de alguma forma a invasão do plenário. "Foi surpreendido com a decisão [da demissão]. É preciso separar as coisas. Muitas pessoas querem ligar o professor Lemos à invasão. Não contribui para ninguém invadir o plenário. Se for o caso, o funcionário tem que assumir a responsabilidade dos seus atos. Não se admite que um funcionário invada o plenário. Não dá para dizer que não houve falha [da servidora]."

A presidente do PT em Curitiba, Roseli Isidoro, criticou a demissão e classificou como arbitrária a dispensa da funcionária sem sindicância interna. "Se houve exagero, o caso deveria der discutido com o gabinete do deputado [Lemos]. Deveria ter sido aberto um processo administrativo para investigar [o casõ], dar o direito de defesa à menina. Ela pode ter aparecido na filmagem, mas isso não significa que ela instigou a manifestação."

A reportagem tentou contato com Amanda ao longo da tarde desta terça, mas não conseguiu conversar com a servidora.

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