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Um funcionário que trabalha na obra da Linha 4 do Metrô de São Paulo afirmou à TV Globo que, na noite anterior ao acidente buscar, o túnel próximo à futura Estação Pinheiros apresentava rachaduras. De acordo com o funcionário, que falou sob condição de anonimato, as falhas foram cobertas com concreto.

"O túnel estava 'trincado' e foram pedidos 5 metros de projetado (concreto) para cobertura do túnel, para que a fiscalização não visse", disse o funcionário. Ele afirma que alertou que o conserto não ia "adiantar nada", por não garantir reforço algum à estrutura.

Reparos confirmados

A concessionária Via Amarela, responsável pela construção da Linha 4, confirmou que houve reparos no túnel durante a madrugada de quinta-feira (11) para sexta-feira (12). De acordo com a consórcio composto pelas empresas Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Siemens, a colocação de concreto para reforço é uma medida de rotina, destinada a impedir a infiltração d'água e evitar rachaduras.

O fosso que ruiu às 15h de sexta-feira era usado como acesso de funcionários e equipamentos à obra do Metrô. Do fosso, partem dois túneis: um segue por baixo do Rio Pinheiros; o outro vai para o Centro. Foi a partir desse segundo túnel que a estrutura, inaugurada há um ano, começou a desabar.

De acordo com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), a natureza frágil do solo às margens do Rio Pinheiros é a razão mais provável de acidente. O solo, típico de uma área de várzea, pode ter ficado ainda menos firme com a chuva intensa nos últimos meses na cidade.

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