O ex-prefeito de Realeza e ex-assessor da Casa Civil da Presidência Eduardo Gaievski (PT) foi condenado a 18 anos e um mês de prisão em um dos 17 processos a que responde por estupro de vulnerável. A sentença é da juíza Janaina Monique Zanellato Albino e foi proferida na última segunda-feira. Os crimes teriam ocorrido durante a gestão de Gaievski na prefeitura, entre 2005 e 2012. Em alguns casos, ele prometia cargos públicos em troca de favores sexuais, segundo a denúncia.
Gaievski foi assessor da ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT), que disputa o governo do Paraná. Em entrevistas, ela sempre afirma que desconhecia qualquer denúncia contra ele quando o contratou para a assessoria da Casa Civil.
O advogado Natalício Farias, que defende oito vítimas, disse que "a verdade prevaleceu e Justiça foi feita" para uma das adolescentes supostamente abusadas por Gaievski. Ele acredita que, até o final do ano, outros processos sejam julgados.
Todos os processos, por envolverem menores, correm em segredo de Justiça. O Ministério Público (MP) prevê que as condenações cheguem de 250 a 300 anos de prisão.
Farias afirma que a condenação desconstrói a linha de defesa adotada por Gaievski, de perseguição política. O ex-prefeito, que está preso desde agosto do ano passado, sempre classificou as denúncias como "trama diabólica". Escutas telefônicas, no entanto, fundamentam o caso.
O advogado Samir Mattar Assad, defensor de Gaievski, disse que ainda não teve acesso à decisão judicial. Hoje, ele estará em Realeza e Francisco Beltrão para conversar com o cliente. Para ele, a sentença é nula já que existe uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que suspende a ação principal contra Gaievski. "É uma sentença nula por vários motivos", afirma.
Mensagens da equipe de Moraes contra Allan dos Santos prejudicam ainda mais pedido de extradição
Petição pública para impeachment de Moraes passa de 1 milhão de assinaturas
Três poderes fazem acordo das emendas e o novo plano de Lula; acompanhe o Entrelinhas
Pontos fortes e desafios de Florianópolis, a cidade mais competitiva do país
Deixe sua opinião