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Sigla

Gestão pública sob critérios empresariais

Em processo de criação, Partido Novo é formado por representantes do mercado financeiro que defendem Estado mínimo

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Um grupo de agentes do mercado financeiro, empresários e profissionais liberais encabeça o projeto do Partido Novo, sigla que defende a transmissão dos aspectos da administração de empresas para os órgãos públicos. Mandato único, livre mercado, imposição da ficha limpa para todos os candidatos e cumprimento, na integra, do mandato parlamentar, estão entre as prerrogativas dos fundadores da sigla.

O Novo não define uma ideologia e afirma que não é nem direita, nem esquerda. "Defendemos as liberdades individuais", diz Fábio Ribeiro, vice-presidente do diretório nacional. Entre os objetivos da sigla, que ainda está em formação, está a difusão dos critérios liberais nas esferas do governo.

A fundação do grupo foi iniciativa do banqueiro João Dionísio Amoedo, conselheiro do Itaú BBA e ex-vice-presidente do Unibanco. Ele diz que muita gente inquieta como ele e sem envolvimento anterior com a política começou a se reunir para discutir sobre os problemas país e, aos poucos, perceberam que uma transformação só seria viável com intervenção na administração pública.

Para existir de fato, a sigla – que foi fundada em dezembro de 2011 – precisa de mais 50 mil assinaturas de apoiadores. A legislação exige 500 mil para a formalização oficial do partido.

O Novo enfrenta críticas sobre a necessidade de mais um partido no sistema eleitoral brasileiro, que tem 32 legendas. "Não há possibilidade que um partido criado agora traga algo de novo com relação aos que já existem. O mais racional é que as pessoas procurem nas siglas disponíveis aquilo que mais interessa e ingressem nelas", avalia João Paulo Peixoto, professor de ciência política da Universidade de Brasília (UnB).

Para ele, o frenesi por novas causas não fortalece a participação política e o multipartidarismo diminui a governabilidade e todo o sistema político. "Há siglas, como o PSDB ou o PP, que também defendem a presença de aspectos empresariais na administração pública", indica.

Liberais

Outros grupos que defendem o discurso liberal tomam rumos diversos. O Libertários comunicou, em novembro, que a criação de um partido não será mais o foco do grupo por conta da morosidade do processo. No entanto, prometem continuar lutando pelas causas liberais. O Partido Federalista conseguiu o número de simpatizantes para montar o partido e agora aguarda a confirmação do TSE.

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