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Gilmar Mendes diz ser possível anular delação da Odebrecht

Ministro do STF disse também que pedir impeachment de Marco Aurélio Mello foi brincadeira

Ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que alterar lei das delações premiadas é “inevitável”. | Marcos Oliveira/Agência Senado
Ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que alterar lei das delações premiadas é “inevitável”. (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta terça-feira (13) a possibilidade de anulação de delações premiadas que vazarem antes da homologação.

Ao ser perguntado por jornalistas sobre a delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que veio a público semana passada, o ministro afirmou que é preciso discutir com seriedade os vazamentos e que será “inevitável” alterar a lei que regula as colaborações premiadas.

“Claro que ela trouxe benefícios, mas vai precisar ser ajustada. Tudo que leva a esse empoderamento leva a abusos. Hoje, tem disputas entre o Ministério Público e a Polícia Federal para quem vai ter acesso, porque eles sempre atribuem os vazamentos à outra parte. Teria que pensar alguma coisa que levasse a uma anulação [em caso de vazamento]. Como se fosse uma prova ilícita, pelo menos da denúncia ser recebida ou coisa do tipo”, disse o ministro.

O ministro afirmou que “é possível” anular delação após vazamentos, mas o caso dos depoimentos da Odebrecht ainda terá que ser decidido pelo relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavaski.

“Tem que ser examinado. Tem que se examinar, o próprio relator tem que analisar”, comentou.

Gilmar Mendes também comentou o pedido do presidente Michel Temer para a Procuradoria-Geral da República (PGR) acelerar os depoimentos da delação da Odebrecht. Para ele, o que é importante é esclarecer os vazamentos.

“A Procuradoria montou uma força-tarefa de cem procuradores, são cem possibilidades de vazamento a mais. Nós estamos falando de crime. Essa coisa de vazar algo que não correspondeu ao sigilo funcional é crime”, disse..

Gilmar disse que sugerir o impeachment do colega Marco Aurélio Mello foi uma “blague” (brincadeira, piada) e que isso é “página virada”.

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