"O servidor não pode ser intimidado e prejudicado por exercer um direito como o da greve. Vamos manter a paralisação."
Oton Pereira Neves coordenador-geral do Sindsep-DF.
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O governo age certo ao cortar o ponto dos grevistas?
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Servidores de 12 órgãos federais decidiram ontem intensificar e ampliar a greve iniciada no mês passado. A decisão foi tomada em uma assembleia com mais de 500 pessoas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, como reação ao endurecimento nas negociações por parte do governo federal. O governo anunciou o corte do ponto de todos os servidores desde o dia 18 de junho, dia em que foi iniciada a paralisação.
A assessoria de Comunicação Social do Ministério do Planejamento confirmou a ordem da Secretaria de Relações de Trabalho do ministério a todos os gestores de recursos humanos do governo federal. As informações são da Agência Brasil.
O governo disse que as negociações com os servidores não serão interrompidas. A data limite para concluir os estudos sobre a possibilidade de conceder o reajuste salarial é 31 de julho. Um mês depois, em 31 de agosto, acaba o prazo para o governo enviar o projeto do Orçamento para 2013 ao Congresso Nacional.
De acordo com o sindicato, estão em greve: Funasa, Ministério da Saúde, Ministério do Planejamento, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Integração Nacional, Incra, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça, Funai, Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional, Instituto Nacional de Propriedade Industrial e Hospital das Forças Armadas.
Os servidores reivindicam novos concursos públicos, a criação de plano de carreira, criação e estabelecimento de data base no dia 1.º de maio, melhores condições de trabalho e equiparação de salário e benefícios com os servidores do Legislativo e Judiciário.
"O servidor não pode ser intimidado e prejudicado por exercer um direito como o da greve. Vamos manter a paralisação", disse o coordenador-geral do Sindsep-DF, Oton Pereira Neves.
O servidor do Ministério da Saúde Carlos Eduardo Corte reclamou da postura do governo. "Estamos firmes. Os servidores do Executivo estão desvalorizados. Estamos cansados da enrolação do governo, isso é desrespeito com o servidor e, principalmente, com a população, que é quem está sendo afetada com a suspensão dos serviços por causa da greve", disse.
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