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Governo do PR quer vender áreas doadas pela prefeitura de Londrina

Município já estuda formas de recuperar as áreas

Governo do Paraná irá vender três terrenos em Londrina, dois doas pela prefeitura. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Governo do Paraná irá vender três terrenos em Londrina, dois doas pela prefeitura. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

Dos três terrenos que o governo do estado quer vender em Londrina – são 62 em todo o Paraná – foram doados pela prefeitura da cidade. São, justamente, os com maiores metragens,de 2.615 metros quadrados e 2.631 metros quadrados. O terceiro terreno, ao lado do Detran da cidade, tem 250 metros quadrados e pertence efetivamente ao governo.

Um dos terrenos doados pela Prefeitura fica ao lado do 2.º Distrito Policial, perto do Terminal Rodoviário de Londrina. Por meio da lei 3.103/79, a prefeitura doou 5.198 metros quadrados para a construção do distrito policial. Do total da área sobraram os 2.631 metros quadrados que o governo quer vender. O outro terreno, localizado ao lado da escola Kazuko Ohara, no Jardim Bandeirantes (zona oeste), originalmente era de 4.561 metros quadrados. Da área doada pela lei 3.268/81, sobraram os 2.615 metros quadrados que o governo agora tenta vender.

Com base no artigo 4.º da lei de 1981, a prefeitura de Londrina pode tentar reaver a parte que restou dos equipamentos construídos pelo estado. O texto diz que “a falta de cumprimento, pela donatária, do disposto nesta Lei, ou a modificação da finalidade da doação, fará com que a área de terras reverta automaticamente e de pleno direito ao domínio do Município”.

Quem identificou o problema foi o deputado estadual Tercílio Turini (PPS), que já tem em mãos uma emenda ao projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e que ele pretende apresentar na próxima semana, quando o texto for levado a plenário. A emenda de Turini retira da lista dos terrenos a serem vendidos os que foram doados pela prefeitura de Londrina.

“O 2.º DP está sempre lotado, amanhã ou depois, se o governo quiser expandir, não terá terreno.” Com relação à escola, Turini afirmou que também pode haver necessidade de expansão. “Se a prefeitura quiser, ela pode tomar o terreno de volta. E se o estado não quiser a área, pode devolver para o município.”

De acordo com o secretário municipal de Gestão Pública, Rogério Dias, a prefeitura de Londrina tem interesse em retomar a área. “Já estamos questionando. Mandamos essa questão para a Procuradoria-Geral do Município, que vai comunicar o Departamento de Patrimônio do Estado e a Alep”, disse. “Sabendo que o governo incluiu na venda, significa que para ele é inservível. Vamos solicitar a reversão dos imóveis em razão de que estamos precisando de áreas.”

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