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caso de polícia

Governo exonera suspeito de exploração sexual de menores

Caramori com Beto Richa: governador nega proximidade | Reprodução/Facebook
Caramori com Beto Richa: governador nega proximidade (Foto: Reprodução/Facebook)

O fotógrafo Marcelo Caramori, preso na quinta-feira por suposto envolvimento em uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes em Londrina, foi exonerado pelo governo do Paraná. A informação consta do Diário Oficial de ontem. Caramori era assessor especial da Casa Civil e tinha salário de cerca de R$ 6 mil. Segundo a RPC TV, o governador Beto Richa (PSDB) negou por meio de nota proximidade com o fotógrafo.

Caramori se dizia próximo ao governador. No braço, ele tem uma tatuagem com um código de barras e os dizeres "100% Beto Richa" – a qual teria mostrado aos policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no momento em que foi preso. No Facebook e no Instagram, ele publicou fotos junto com Richa e outros membros do primeiro escalão da administração estadual. Há um álbum em seu perfil chamado "meu grande chefe", com uma montagem de fotos nas quais os dois aparecem juntos.

Richa negou ser próximo de Caramori. Em resposta à RPC TV, através de nota, o governador disse que apenas "se deixava fotografar" com ele. Segundo o governo, a exoneração do fotógrafo foi feita na quinta-feira, logo após a prisão.

Caramori também era muito próximo de policiais civis e militares de Londrina. Em uma das dezenas de fotografias publicadas na internet, ele traja um uniforme e um colete à prova de balas da PM, mesmo sem nunca ter sido das forças de segurança pública.

Segundo as investigações do Gaeco, Caramori teria mantido relações sexuais e agenciado encontros de clientes com meninas entre 14 e 18 anos. O pedido de prisão preventiva, autorizado pela Justiça da 6.ª Vara Criminal, foi embasado em quatro depoimentos de garotas que confirmaram terem sido contratadas pelo fotógrafo – e recebido entre R$ 300 e R$ 350 pelos programas.

As vítimas indicaram como local a casa do fotógrafo, onde a polícia aprendeu equipamentos de informática – e também um estúdio fotográfico. Até o momento, os encontros mapeados pelo Gaeco parecem ter ocorrido entre o meio do ano passado e o começo de 2015.

"O suspeito sempre deixava claro para as vítimas que tinha muitos contatos e era popular, além de exibir proximidade com a polícia. As vítimas deixaram claro que, apesar da imagem pública, ele se valia mesmo era da oferta de dinheiro para as garotas", disse a promotora Caroline Esteves, uma das responsáveis pela investigação.

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