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Executivo

Governo novo terá secretariado antigo

Requião dá posse a poucos secretários em seu terceiro mandato

A posse de seis secretários de Estado, marcada para a próxima segunda-feira, põe fim à reforma do primeiro escalão do governo estadual. O governador Roberto Requião (PMDB) conseguiu acomodar na sua equipe todos os aliados mais próximos. As trocas foram mínimas e não representam mudanças drásticas na parte administrativa. Alguns secretários foram remanejados para abrir espaço para ex-deputados. Para facilitar a indicação dos nomes foram criados mais dois cargos de assessor especial e quatro coordenadorias regionais com salários de secretários de Estado, de R$ 11, 2 mil.

A reforma teve início no ano passado, com a saída de integrantes que disputaram as eleições. Na época, os cargos foram preenchidos por secretários interinos e o governador esperou o começo do ano para definir os nomes. Embora alguns dos novos secretários tenham afinidade com a área em que vão atuar, o principal critério de escolha foi político. Uma das principais mudanças é a entrada de Ênio Verri (PT) na secretaria de Planejamento. Outra novidade é o agrônomo Valter Bianchini, na Agricultura.

Pastas que já vinham sendo ocupadas por deputados no primeiro mandato seguem na mesma linha agora. É o caso de Rafael Greca, na Cohapar, e Nelson Garcia na secretaria do Trabalho. Greca entra no lugar de Luiz Cláudio Romanelli, que foi eleito deputado estadual em outubro. Nelson Garcia, um dos tucanos que defenderam a reeleição do governador, assume a Secretaria do Trabalho. Substitui Padre Roque (PT), que disputou a eleição para deputado estadual, mas não foi eleito.

O ex-diretor do Detran, Marcelo Almeida, vai para a Secretaria de Obras no lugar de Luiz Caron, que foi remanejado para outra função no governo, criada especialmente para ele. Caron será um secretário especial responsável por obras como a construção do futuro Centro Judiciário de Curitiba.

Na equipe do governador também foi aberto espaço para os deputados estaduais não reeleitos Natálio Stica (PT), Hermes Fonseca (PT) e Ademir Bier (PMDB). Os petistas vão assumir diretorias na Sanepar e Bier, primeiro suplente do partido, será um dos diretores da Ferroeste. Victor Hugo Burko (PL), que disputou a eleição como vice-governador na chapa de Flávio Arns (PT), ganhou a presidência do Instituto Ambiental do Paraná no lugar de Rasca Rodrigues, que por sua vez virou secretário do Meio-Ambiente. Rasca está na pasta desde a campanha eleitoral, quando Luiz Eduardo Cheida disputou a eleição para deputado estadual.

O secretário da Agricultura em exercício, Newton Pohl Ribas, vai ganhar uma coordenadoria especial do Leite. O ex-deputado estadual Vanderlei Iensen (PMDB) retorna para a chefia de gabinete do governador, cargo que ocupou também no mandato passado.

O engenheiro Rogério Tizzot, que ficou como secretário dos Transportes interino com a saída de Waldyr Pugliesi, eleito deputado estadual, foi promovido a titular da pasta. Aldair Rizzi, que era secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foi indicado para a diretoria do Lactec. A ex-reitora da Universidade Estadual de Londrina, Lígia Pupatto, assumiu como secretária no lugar Rizzi.

O chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, disse que todos os escolhidos pelo governador têm habilidade e competência para os cargos que estão assumindo, principalmente os ex-deputados e ex-vereadores. "Quem já passou pela Assembléia tem vivência política, adquire experiência e se montar uma boa equipe técnica na secretaria não terá dificuldade", disse.

Para o líder da oposição ao governo na Assembléia, Valdir Rossoni (PSDB), esse é o "secretariado dos descontentes". A definição é uma brincadeira com o fato de que vários dos novos titulares do primeiro escalão ficaram sem mandato. "É a gratificação de cada um pelo apoio na campanha", disse. O deputado afirmou que a máquina inchou ainda mais com a criação de duas novas secretarias especiais e quatro coordenadorias de regiões metropolitanas, com salários de quase R$ 12 mil. "Tem secretário do Leite, secretário da Pedra, secretário da reforma do Palácio. É gente demais para pouca função", ironizou.

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