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Proposta

Governo pretende restringir venda de bebidas alcoólicas nas estradas

Proposta será enviada ao Congresso por meio de MP ou projeto de lei. Teor alcoólico será revisto para proibir também cerveja e vinho

O governo deve enviar ao Congresso Nacional nos próximos dias uma proposta para proibir a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais. Segundo o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Armando Félix, a proposta deve alterar o conceito de bebida alcoólica para efeito de propaganda, o que incluiria aquelas com teor acima de 0,5 grau Gay Lussac, e não apenas acima de 13 graus, como ocorre atualmente. Com a mudança, será proibida também a venda de cervejas, vinhos e "coollers" nas estradas. Além disso, o Ministério da Justiça deverá entrar para o Conselho Nacional de Trânsito.

"O álcool é o maior dos vilões, embora seja uma droga lícita. O envolvimento do álcool em todos os tipos de violência que existem, desde a violência doméstica, crimes de morte e acidentes de trânsito. As estatísticas nos mostram que é preciso fazer algumacoisa e com urgência", disse o ministro Armando Felix, que também preside o Conselho Nacional Antidroga.

O governo pode atender ao pedido do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para que a proposta seja encaminhada na forma de um projeto de lei, embora o ministro Armando Félix não esconda a preferência pela edição de uma medida provisória (MP), o que daria agilidade à implementação das medidas.

Indústria

Segundo o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, governo e fabricantes de bebidas estão negociando as restrições. "A gente sente uma disposição delas [indústrias] em trabalhar para colaborar também porque os indicadores são contundentes", disse.

Segundo o ministro, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) ficaria responsável pela regulação e normas para a venda de bebidas nas estradas e a Polícia Rodoviária Federal pela fiscalização.

Armando Félix considerou insuficiente uma mudança no Código Penal para garantir punições mais pesadas para os envolvidos em acidentes de trânsito após o consumo de álcool ou drogas.

"É uma posição mais da sociedade do que minha de que em algumas áreas é preciso uma rigidez maior, uma sanção mais pesada para que isso sirva de freio para as pessoas. Essa nossa proposta é uma das muitas medidas para que a gente consiga reduzir esse consumo abusivo do álcool", afirmou.

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