Um retrato dramático do clima no Brasil. A Organização Não Governamental Greenpeace divulgou nesta quarta-feira um relatório sobre o impacto da ação humana no meio ambiente. Os ambientalistas da ONG fazem um alerta: a situação pode piorar muito se não mudarmos nossa relação com o Planeta Terra. Os congestionamentos nas grandes cidades, as queimadas na Amazônia, a seca nas represas do sudeste, os ciclones no sul, todas essas cenas fazem parte do mesmo fenômeno: o aquecimento global.
- As pessoas já têm plena noção, seja aqui, nos Estados Unidos, seja na China na Índia ou onde for de que as mudanças climáticas são uma realidade - disse ambientalista Marcelo Furtado.
O Brasil é o quarto maior emissor de poluentes do planeta. A fumaça das queimadas ajuda a aquecer a Terra. Essa relação de causa e efeito foi registrada pelos pesquisadores do Greenpeace.
- Deverá haver cenários de aumento do nível do mar e uma maior intensidade de ressacas e em alguns pontos do Brasil, como na região sul, uma intensidade maior de furacões e tornados - completou Furtado.
No interior, o desequilíbrio ambiental provoca prejuízos aos agricultores.
- Nós tivemos, na região, perda no milho de 75% a 80%, tivemos perdas no feijão de 90% a 95%, até 100%. Foi preciso distribuir cesta básica para essas pessoas, para elas continuarem no campo - disse o agricultor Cleo Aquino.
Segundo o Greenpeace, se nada for feito, o homem pode se tornar uma espécie em extinção. E as mudanças não dependem só dos governos e dos acordos mundiais.
- Eu posso eu mesmo economizar energia, posso usar água, posso usar transporte público. Se cada indivíduo fizer a sua parte e todos fizerem um pouco, o resultado do coletivo é muito grande - finalizou o ambientalista.



