Maringá Os serviços públicos funcionaram parcialmente ontem em Maringá, durante o primeiro dia de greve dos funcionários da prefeitura. O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) avalia como "excelente" a paralisação. "A adesão foi de 70%", afirma a sindicalista Ana Pagamunici. Segundo a prefeitura, porém, a maioria dos servidores trabalhou normalmente.
Os grevistas chegaram ao Paço Municipal por volta das 7 horas e bloquearam as quatro entradas, evitando que os funcionários entrassem para o trabalho. A juíza da 3.ª Vara Cível de Maringá, Carmen Lúcia Rodrigues, concedeu liminar no início da tarde para que as entradas da prefeitura fossem liberadas.
Os protestos foram acompanhados pela Polícia Militar, que estima que aproximadamente 2 mil pessoas participaram das manifestações no Paço. Os grevistas saíram, no meio da tarde, em passeata pelo centro da cidade, parando o trânsito nas principais vias.
A prefeitura afirma que o trabalho não parou, embora tenha causado problemas para a população. Alguns setores da administração municipal estavam completamente vazios, como a secretaria da Fazenda, no segundo piso. "Vamos descontar os dias de quem parou", disse o secretário de Administração, Ademar Schiavone. Ele afirma que não há possibilidade de negociação salarial, pois o prefeito Silvio Barros (PP) já concedeu o que está dentro da lei.
O Sismmar pede 16% de reajuste. A prefeitura anunciou na semana passada o aumento do piso de R$ 395 para R$ 450 (cerca de 4,5%), para 600 servidores inicialmente. O restante dos 7,4 mil funcionários receberia o aumento aos poucos. Segundo Schiavone, o reajuste foi dado conforme índices de inflação, de 4,53%.
Os funcionários prometem seguir com a greve até que uma nova proposta salarial seja feita. O Sismmar informa que não recebeu nenhum contato por parte da prefeitura e deve aumentar hoje os piquetes no Paço, nas Unidades Básicas de Saúde e em outros órgãos, como a Secretaria de Serviços Públicos.
De acordo com a prefeitura, a greve causou danos materiais. Nas escolas municipais e centros de educação infantil foram colocadas correntes e cadeados lacrados para impedir a entrada de professores e alunos. Os manifestantes também teriam cortado cabos telefônicos e do caixa eletrônico instalado na Secretaria dos Serviços Públicos.



