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Previdência

Greve do INSS entra no nono dia com adesão de sete cidades no Paraná

Segundo gerência executiva do órgão, atendimentos estão sendo reagendados em apenas seis das 44 agências do estado

A greve dos servidores federais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entra nesta quarta-feira (24) em seu nono dia, com a adesão de trabalhadores de sete municípios do Paraná. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (SindiPrevsPR), das 44 agências do órgão existentes no Paraná, 11 (25%) estariam com atendimento parcial. A gerência executiva regional do INSS garante que em apenas seis unidades alguns serviços estão tendo de ser reagendados.

"Estamos mantendo o mínimo de 30% dos servidores em cada uma das agências que aderiu à greve", diz Jaqueline Mendes Gusmão, diretora do SindiPrevsPR. "Se eles estão conseguindo dar conta de todo o trabalho, tanto melhor". Segundo ela, em Curitiba e região metropolitana 60% dos servidores estão de braços cruzados nas agências XV de Novembro, Cândido Lopes, Visconde de Guarapuava, Hauer e São José dos Pinhais – seis das 12 existentes na regional.

De acordo com o SindiPrevsPR há atendimento parcial ainda em Londrina, no Norte, nas agências Central e Shangri-lá, e nas cidades de Maringá, Campo Mourão, Cascavel e Foz do Iguaçu. "A partir de quinta-feira (25), os servidores de Guarapuava também devem aderir à greve", afirma. A gerência executiva do INSS, por sua vez, afirma que dos 2,5 mil servidores lotados no Paraná, apenas 125 (5%) estariam paralisados.

Segundo balanço oficial do INSS, as agências XV de Novembro, Visconde de Guarapuava Cândido Lopes, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu e Maringá estão reagendando alguns atendimentos. Ainda assim, a recomendação do órgão é para que as pessoas não deixem de comparecer às unidades para não perder os direitos. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 135.

Negociação

Na tarde de terça-feira (23), o presidente do INSS, Valdir Simão, reuniu-se com diretores da Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) no Ministério Público Federal (MPF). A audiência, que buscava intermediar um acordo entre as partes, terminou sem nenhum avanço. Segundo a Fenasps e o Ministério da Previdência Social, não está marcada nenhuma nova reunião de negociação para os próximos dias.

Reivindicações

As principais reivindicações dos servidores são a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de novos funcionários. Na avaliação do sindicato, um aumento do quadro atual de servidores é necessário para melhorar as condições de trabalho e desfazer o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais.

A greve em todo o país ocorre apesar de o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ter concedido uma liminar determinando a suspensão do movimento. Na decisão, se a greve for mantida, a Fenasps receberá multa diária de R$ 100 mil. Até a manhã desta quarta-feira, a entidade ainda aguardava decisão do STJ sobre um recurso ingressado na manhã do dia 16 com o pedido de anulação da liminar.

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