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Ressaltando que não acredita em "movimento partidário cujo fundamento seja driblar as limitações ou driblar a lei", o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE) criticou hoje a possível desfiliação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM. Embora tenha dito que caso Kassab deixe o "contexto" do PSDB, isso trará evidente prejuízo para os tucanos, Guerra sugeriu que as expectativas em relação ao movimento do prefeito paulistano são exageradas.

"Se ele vai para um outro partido e se o outro partido caminha para o governo, acho que essa montanha vai parir um rato", afirmou Guerra, que se diz descrente em relação à articulação de Kassab. O prefeito de São Paulo ensaia deixar o DEM e fundar um novo partido - o PDB (Partido da Democracia Brasileira) - levando junto nomes fortes da atual legenda, como o vice-governador Guilherme Afif Domingos. Especula-se que a nova sigla seria uma saída jurídica para evitar a perda do mandato e serviria futuramente para uma fusão com o PSB.

"Esse movimento partidário, eu não acredito nele, acho que não vai longe", afirmou o presidente do PSDB, após uma audiência com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).

Guerra chegou a classificar como "coisa deplorável" a possibilidade de políticos usarem manobras como a criação de um novo partido para mudar de sigla e escapar de uma eventual cassação.

"Eu sou a favor da fidelidade partidária. A gente tem de fazer partido forte, que tenha começo, meio e fim, que tenha homogeneidade, que tenha firmeza. O cara quando se elege tem que ter o compromisso com o partido que ele escolheu", acrescentou.

Sem fazer nenhuma cobrança direta, o presidente do PSDB lembrou que Kassab dá "muita atenção" ao que diz o ex-governador tucano José Serra. "Tenho certeza de que o Serra está atuando para que as coisas se harmonizem em São Paulo, porque em São Paulo temos desafios grandes a vencer", afirmou, se referindo à eleição municipal em 2012.

Acompanhado do secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), Guerra se reuniu com Antonio Anastasia por cerca de 45 minutos e deixou o gabinete do governador mineiro reiterando que se considera, até o momento, o único candidato à presidência do partido. "Eu sou alguém que se colocou como candidato. O José Serra não se colocou como candidato", destacou.

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