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Denúncia

Índios denunciam comércio de sangue em Rondônia

Sangue coletado por pesquisadores estrangeiros seria vendido pela internet. Grupo traria remédios para tribo indíegena, mas nada chegou na aldeia.

Índios caritianas, de Rondônia, denunciam o comércio de sangue coletado na aldeia por pesquisadores estrangeiros. O primeiro contato dos pesquisadores americanos com os índios caritianas em Rondônia foi entre 1986 e 1987. Depois de um pouco de convívio, enganaram os índios para coletar os sangues deles.

"Eles eram doutores, médicos que entendiam de remédio. Disseram que as crianças estavam muito doentes e para ver isso eles precisavam tirar o sangue dos caritianas, dos indígenas que se encontravam no lugar. E tiraram dizendo que, em troca, trariam remédios para os índios", conta o líder indígena Antenor Caritiana.

Eles nunca viram os remédios. Há mais de cinco anos os índios descobriram através da imprensa que o DNA da tribo estava sendo vendido num site americano.

Na época foram acionados o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, que abriu um inquérito para apurar o caso, mas o assunto ficou esquecido. Agora uma nova publicação no The New York Times revelou que o DNA dos índios caritianas continua sendo comercializado pela internet.

Um grupo de índios foi até a Funai, em Porto Velho, em busca de apoio. "A gente precisa hoje pressionar. Tem lei para isso, tem justiça, e a gente vai recorrer nesse momento", comenta o presidente da associação caritiana, Renato Caritiana.

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