
Um grupo de seis integrantes do PSB distribuiu uma “proclamação aos militantes” posicionando-se contra a cada vez mais remota possibilidade de fusão da sigla com o PPS. Participam do protesto o ex-ministro Roberto Amaral e a deputada federal Luiza Erundina.
“Agradecemos a todas as companheiras e companheiros de militância pela resistência coletiva que impediu, até aqui, o assassinato de nosso partido”, diz o texto.
Dirigentes do PSB se deram conta de que o processo de fusão não se daria com a facilidade prevista inicialmente. Pernambuco, liderado pelo governador Paulo Câmara e pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio, questionou a unificação, mesmo sabendo que a proposta tinha sido aventada inicialmente pelo ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no ano passado.
Outros diretórios estaduais também demonstraram insatisfação com a proposta, como Maranhão, Bahia e Paraíba. A cúpula refez as contas e concluiu que não tinha 80% dos diretórios apoiando a fusão com o PPS, como seria necessário.
“É imperioso manter nossa luta e avançar na esperança de que nem tudo está perdido. Conclamamos a militância a continuar a luta contra a fusão, pelo que ela representa de atraso e perda política e ideológica. Mas conclamamos, principalmente, para nos ajudar a manter acesa a chama do socialismo”, dizem os signatários da “proclamação”.
“Nesta hora decisiva, os números não podem ofuscar os valores. Um partido não pode crescer apenas aritmeticamente, renunciando aos seus fundamentos”, diz o texto.



