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escândalo na petrobras

Investigação de políticos envolvidos na Lava Jato fica para o ano que vem

Judiciário entra em recesso a partir de amanhã. A apuração da participação de parlamentares só vai começar em fevereiro

Onyx Lorenzoni esbraveja na CPI e acusa a presidente da Petrobras de mentir em depoimento | Edilson Rodrigues/ Agência Senado
Onyx Lorenzoni esbraveja na CPI e acusa a presidente da Petrobras de mentir em depoimento (Foto: Edilson Rodrigues/ Agência Senado)

Os políticos envolvidos no esquema de corrupção revelado pela Operação Lava Jato só serão investigados a partir de fevereiro. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, responsável por levar adiante os casos envolvendo autoridades com foro privilegiado, vai esperar a volta do recesso do Judiciário para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de abertura dos inquéritos. O recesso começa amanhã e vai até 31 de janeiro, período em que a Justiça só funcionará em esquema de plantão.

A investigação dos políticos envolvidos no esquema é a nova frente da Operação Lava Jato, que já tem 39 réus na Justiça – dentre empreiteiros, operadores do esquema e ex-dirigentes da Petrobras. Estima-se que dezenas de parlamentares federais estavam envolvidos com o esquema de corrupção da Lava Jato. Os principais partidos com políticos envolvidos seriam o PT, PP e PMDB. Mas também haveria envolvidos de siglas da oposição, como o PSDB.

Desmembramento

Além do recesso do Judiciário, a espera para começar as investigações contra os parlamentares tem outro motivo: senadores e deputados envolvidos no esquema que não se reelegeram perdem o direito ao foro privilegiado a partir de fevereiro, quando começa a nova legislatura. Assim, a investigação a respeito da participação deles será remetida diretamente para a primeira instância judicial, não sendo necessário abrir inquérito no Supremo.

Janot havia informado anteriormente que, com a análise das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, já havia elementos suficientes para pedir ao STF o "desmembramento" dos casos de autoridades com foro privilegiado. A expectativa é que o Supremo só julgue os políticos e não os outros envolvidos – ao contrário do que ocorreu, por exemplo, no processo do mensalão.

Habeas corpus

Oito réus da Lava Jato tiveram ontem seus habeas corpus negados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região: o lobista Fernando Baiano e os dirigentes de empreiteiras Sérgio Cunha Mendes, Dalton Avancini, João Auler, Eduardo Hermelino Leite, Erton Medeiros Fonseca , José Aldemário Pinheiro Filho e Mateus Coutinho.

Youssef deixa o hospital

Delator da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef voltou ontem à carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba depois de nove dias internado.

Ele chegou à PF por volta das 14h30, escoltado.

Youssef estava no Hospital Santa Cruz. O doleiro é cardiopata, está desnutrido e, recentemente, teve um cálculo renal.

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