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Caso Cachoeira

Investigada, Delta pretende demitir 2 mil funcionários

Carlinhos Cachoeira: novo advogado do bicheiro afirma que o contraventor está “absolutamente confiante” | Evaristo Sá/AFP
Carlinhos Cachoeira: novo advogado do bicheiro afirma que o contraventor está “absolutamente confiante” (Foto: Evaristo Sá/AFP)

A construtora Delta, investigada na CPI do Cachoeira, entregou ontem ao Ministério Público do Rio de Janeiro o Plano de Recuperação Judicial elaborado pela consultoria Alvares & Marçal. O plano deve incluir a demissão de mais 2 mil funcionários da empresa, cuja dívida está na casa dos R$ 400 milhões. A Delta tinha cerca de 30 mil empregados antes de ter seu nome envolvido em supostos crimes praticados pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Atualmente teria 10 mil, número não confimado pela assessoria de imprensa da construtora.

A empresa informou que não vai se pronunciar até que o plano seja publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, o que só poderá ocorrer depois do despacho da juiza Maria da Penha Nobre Mauro, responsável pelo caso.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o Ministério Público tem cinco dias para emitir o parecer sobre o plano. Após o parecer, o documento será enviado à juíza, que decidirá se vai homologar ou não a proposta.

Contratos

Segundo dados do De­partamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), órgão do governo que concentra o maior número de contratos com a Delta, a construtora ainda teria a receber por contratos de obras que estão ativos a quantia de R$ 540 milhões.

A Delta foi declarada inidônea pelo governo, ou seja, não pode mais ser contratada por órgãos públicos, mas ainda tem contas a receber por obras em andamento e trabalhos de manutenção.

Seu maior contrato vigente são obras de duplicação, restauração da pista existente, implantação de ruas laterais e melhoramentos na rodovia BR-060, em Goiás, no valor de R$ 221,7 milhões.

A empresa executa obras também de duplicação e restauração da rodovia BR-101, que atravessa 12 estados brasileiros (do RN ao RS), em dois contratos emparceria com a Queiroz Galvão, por valores de R$ 146,7 milhões e R$ 155 milhões. Ambas as obras estão previstas para serem entregues em abril do ano que vem.

A Delta ainda mantém ativos 91 contratos de manutenção com o Dnit, no valor total de R$ 1,7 bilhão, pelos quais já recebeu R$ 1,2 bilhão, segundo dados do órgão. Segundo o Dnit, alguns contratos foram mantidos com a Delta após avaliação de que a recisão ficaria mais cara para o bolso do consumidor.

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