Nove dias depois de cirurgia para separação, as irmãs siamesas Vitória Aparecida e Mariana de Fátima passam bem. Elas devem permanecer internadas na UTI da Santa Casa de Belo Horizonte, onde foram operadas, por aproximadamente dois meses.
As gêmeas nasceram em 17 de julho de 2005. No mesmo dia, foram levadas para a Santa Casa, onde passaram por vários exames para avaliar a possibilidade de serem separadas.
O procedimento foi dividido em duas etapas, nos dias 23 e 28 de abril. Cerca de 25 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, ortopedistas e hematologistas, participaram das operações. No dia 28, a cirurgia de separação durou 16 horas e foi considerada um sucesso pela equipe do hospital, chefiada pelo pediatra Manoel Firmato de Almeida.
Segundo boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira (7), as gêmeas estão clinicamente estáveis. As duas tiveram febre e estão recebendo soro.
As irmãs eram unidas pelo apêndice-xifóide, bacia e abdome. Elas tinham dois fígados, mas unidos, que tiveram de ser separados por uma técnica japonesa. A bexiga era única, mas grande, o que facilitou a divisão. Segundo os médicos, as gêmeas poderão estudar e brincar normalmente, mas terão de usar bolsas de colostomia.
