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Janot, procurador-geral da República. | /Marcelo Camargo/Agência Brasil
Janot, procurador-geral da República.| Foto: /Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu à CPI da Petrobras acesso ao relatório da empresa de investigação Kroll e outros documentos relacionados.

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Envolto em polêmicas desde o início, a CPI formalizou contrato com a Kroll em abril para rastrear contas e bens de 12 pessoas suspeitas de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Um relatório da fase inicial do trabalho foi entregue em junho e, depois, o trabalho foi interrompido sem apresentar novidades.

Havia suspeitas de que o contrato da Kroll fosse usado em benefício do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para desqualificar as delações premiadas, já que a empresa investigava delatores que citaram Cunha como beneficiário do esquema de corrupção.

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O pedido de Janot está sob avaliação do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado próximo de Cunha, alvo da investigação do procurador-geral. Motta disse à reportagem ainda não ter uma decisão sobre o fornecimento dos dados à PGR (Procuradoria-Geral da República).

O deputado afirmou que o pedido não detalha os motivos pelos quais Janot quer ter acesso às informações da Kroll. Segundo ele, deve ser dada uma resposta na sexta-feira (21).

Como o ofício não se restringe ao relatório, pedindo também documentos relacionados, Janot pode tentar obter o contrato da Kroll, que teve um sigilo de cinco anos declarado pelo presidente da Câmara.

Levantamento

A Folha de S.Paulo mostrou na semana passada que o relatório da Kroll acrescenta pouco ao que já foi descoberto na Operação Lava Jato.

Isso porque o trabalho da empresa, ainda preliminar e que custou cerca de R$ 1 milhão, se restringiu aos dados da própria Lava Jato, a notícias na imprensa e a levantamentos iniciais em bancos de dados públicos, como Junta Comercial.

Deputados já haviam defendido que os dados fossem enviados ao Ministério Público Federal. Na semana passada, a Kroll anunciou que não trabalharia mais para a CPI, diante do desgaste envolvendo seu nome. Com isso, o trabalho ficou incompleto, já que outras fases ainda seriam feitas para aprofundar esses dados iniciais.

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