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Ministro da Defesa

Jobim afirma que Brasil deve proteger megacampo de petróleo

Ministro defendeu uso de submarinos nucleares durante conferência no Rio. Parceria com Portugal também foi discutida em encontro sobre segurança internacional

Ao participar da abertura da IV Conferência do Forte de Copacabana, no Rio, que tem como tema a segurança internacional, o ministro da Defesa Nelson Jobim afirmou que, com a descoberta do megacampo de petróleo e gás na Bacia de Santos, o Brasil deve reforçar sua capacidade de proteção, até mesmo de atos terroristas.

"A partir do momento que se tem uma riqueza como essa, temos que ter como protegê-la. Até mesmo do terrorismo", afirmou Jobim.

Para o ministro, um dos caminhos seria o país ter domínio do enriquecimento de urânio para que seja usado em submarinos nucleares:

"Estrategicamente, um navio é importantíssimo, mas é facilmente identificado".

O encontro contou com a presença do ministro da Defesa de Portugal, Nuno Severiano Teixeira, que também preside o Conselho de Ministros da Defesa da União Européia. Jobim e o ministro português se encontrarão em janeiro, em Portugal, para discutir mais uma vez a parceria entre os dois países na área de segurança.

"O diálogo que trocamos foi nesse sentido: discutir questões bilaterais, a posição do Brasil na região e os entendimentos com a União Européia", afirmou Teixeira.

Jobim também fará ainda uma visita a países sul-americanos – Chile será o primeiro – para discutir o papel da região na segurança internacional.

"É essencial que a Europa compreenda que a região emerge com grande força e os conflitos regionais não impedem que a América do Sul tenha voz nas políticas internacionais", afirmou.

A conferência, que termina nesta sexta-feira (16), é promovida pela Fundação Konrad

Adenauer, pelo Centro Brasileiro de Relacões Internacionais, pelo Centro de Estudos das Américas da Universidade Cândido Mendes e pela Cátedra Mercosul da Sciences-Po, com apoio da Comissão da União Européia.

Reajuste de militares será discutido com Lula

Sobre o aparelhamento das Forças Armadas, Jobim afirmou que foi criada uma comissão para o desenvolvimento de um Programa Estratégico de Defesa, que será discutido com as três Forças. O Orçamento este ano passou de R$ 6 bilhões para R$ 9 bilhões e pode chegar a R$ 10 bilhões.

"Nós queremos vincular essas compras ao planejamento estratégico e com a transferência de tecnologia do exterior", disse.

O reajuste nos soldos dos militares, outra reivindicação da categoria, no entanto, ainda está indefinido. O ministro terá uma reunião na próxima semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do assunto. A idéia, segundo Jobim, é que o aumento seja concedido ainda este ano.

São Pedro ajuda a evitar o caos

Quanto às ações para evitar um novo caos aéreo em temporada de férias, Jobim afirmou que a malha aérea está sendo ajustada para uma demanda maior, inclusive por conta da vinda de estrangeiros para o Nordeste por exemplo. Segundo o ministro, estão sendo definidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que investimentos serão feitos nos aeroportos. O objetivo é ampliar a capacidade física de pistas, pátios e terminais dos aeroportos.

Segundo o ministro, a melhoria da infra-estrutura nos aeroportos não será resolvida no curto prazo, mas comemorou a entrega da reforma na pista de Guarulhos com 15 dias de antecedência. No Rio, os estudos estão sendo feitos para melhorias no Galeão.

"Hoje está normal o tráfego nos aeroportos. São Pedro está ajudando".

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