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O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta quarta-feira que quer aumentar o número de militares brasileiros no Haiti e que o governo estuda um aumento de até 35% aos militares, que se aplicaria de forma escalonada. Durante audiência em uma comissão da Câmara dos Deputados, o ministro afirmou ainda que no primeiro semestre de 2008 iniciará um trabalho de "diplomacia militar" com os países sul-americanos, para trocar informações sobre a situação do setor de defesa na região.

- Minha posição é que se deve aumentar os efetivos no Haiti para colaborar com a reconstrução (do país caribenho) - disse Jobim.

Cerca de 1.200 militares brasileiros integram a missão de paz da Organização das Nações Unidas no Haiti, país mais pobre da América, onde também há militares argentinos, chilenos, uruguaios, entre outros.

A ONU renovou em outubro por um ano o mandato de sua força de paz, que tem conseguido conter a ação de grupos violentos que controlavam os bairros mais miseráveis do país.

Ao ser questionado sobre as volumosas compras de armamento do presidente venezuelano, Hugo Chávez, Jobim disse que "se a Venezuela está ou não comprando armamento é um problema dela", negando qualquer possibilidade de corrida armamentista com esse país.

Após a audiência, Jobim comentou a saída de Milton Zuanazzi, seu notório desafeto, da presidência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo ele, houve uma discordância de metodologia de trabalho. O ministro enfatizou que, para o Ministério da Defesa, a segurança é o ponto principal da agenda do setor aéreo, ao lado de regularidade e pontualidade dos vôos:

- O senhor Milton Zuanazzi disse que não gostaria de trabalhar comigo e, efetivamente, não deverá trabalhar, tendo em vista o trinômio que eu afirmo: segurança, regularidade, pontualidade. Se esse trinômio não serve, não serve o trabalho e nós viramos a página - afirmou o ministro.

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