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O presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), e o relator da comissão, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), estiveram nesta sexta-feira com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim. Eles conseguiram do ministro a promessa de análise cuidadosa e "caso a caso" dos pedidos de habeas-corpus preventivos apresentados por depoentes à CPI, mas sem "ferir os direitos constitucionais".

Segundo Jobim, os documentos enviados pela 4.ª Vara Federal de Minas Gerais, nos quais consta lista com 120 beneficiários de saques realizados nas contas do Banco Rural das empresas de Marcos Valério, acusado de operar o mensalão, ainda estão na Procuradoria-Geral da República. A comissão aprovou na quinta-feira requerimento pedindo a cópia desse processo.

- Vamos aguardar a Procuradoria encaminhar para o Supremo, que vai analisar o material, verificar quais orientações foram solicitadas, e fruto disso, nos encaminhará. Ficamos de aguardar um posicionamento do ministro Jobim até o início da próxima semana - disse Delcidio.

O presidente afirmou que, mesmo com o grande número de saques constatados, não é possível confirmar a existência do mensalão e que, na próxima semana, será possível obter um "retrato claro" sobre as movimentações, com "origem e destino de cada recurso das contas do Banco do Brasil, do Rural e das outras instituições financeiras" onde Marcos Valério, sua mulher, Renilda, e as empresas em nome de ambos possuem contas.

Ele disse ainda ser preciso cuidado redobrado com a "tsunami de informações" que chegam à CPI e que, para isso, tem contado com o apoio de funcionários da Receita Federal, da Polícia Federal e até com a colaboração de servidores do Banco do Brasil.

- Temos que ter olhar crítico e lúcido para obter as informações corretas e transmiti-las sem equívocos - afirmou.

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