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Patrícia Lélis será indiciada por tentativa de extorsão e calúnia. | Fábio Pozzebom/Agência Brasil
Patrícia Lélis será indiciada por tentativa de extorsão e calúnia.| Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

O chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, confirmou ter dado dinheiro para a estudante de jornalismo Patrícia Lélis, de 22 anos, para que ela não levasse adiante a acusação de tentativa de estupro que faz contra o político. Ele prestou depoimento, sexta-feira à noite, no 3º Distrito Policial na capital paulista, e alegou que combinou o pagamento por que Patrícia o estava extorquindo.

Na última quarta-feira, a polícia recebeu um vídeo que mostra a tentativa de Bauer de não tornar a história pública. Patrícia, contudo, também passa a ser investigada, já que imagens de câmeras de segurança provariam que ela não foi mantida em cárcere privado, conforme denunciou.

A conversa entre o assessor do deputado e a estudante gravada no dia 30 de julho pelo assessor Emerson Biazon. Nela, os três conversam no hall do hotel onde Patrícia estava hospedada, em São Paulo. Eles acertam de que forma a estudante receberia R$ 50 mil do assessor de Feliciano. O valor teria sido entregue por Bauer a um homem chamado Arthur Mangabeira mas, segundo Biazon, o intermediário não repassou o dinheiro a Patrícia.

“Bauer confirma que entregou R$ 20 mil. Agora, vou juntar outras provas nos autos” adianta o delegado do caso Luís Roberto Hellmeister, que ainda ouvirá Mangabeira e um ex-namorado de Patrícia, identificado como Rodrigo, que estaria com ela no hotel.

Extorsão

Segundo o delegado, Bauer teria dado o dinheiro por ter sido vítima de extorsão:

“Ele estaria, como chefe de gabinete, preservando, verdade ou mentira, a imagem do deputado. Não vai ser processado nem indiciado”.

Na semana passada, Hellmeister afirmou ao jornal O Globo ter material para provar que os crimes denunciados por Patrícia, de suposta ameaça, coação e cárcere privado contra Bauer não ocorreram. Os vídeos reunidos mostram que ela circulou pela cidade nos dias que antecederam a denúncia, desqualificando a acusação.

“Os tipos penais de ameaça, sequestro qualificado e coação caíram por terra. A investigação segue agora por outra linha. Vamos investigar se ocorreram crimes de extorsão e calúnia, e a Patrícia será indiciada”, disse o delegado.

As investigações que vão verificar se houve crime de estupro seguem em Brasília, já que Feliciano tem foro privilegiado.

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