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entrevista ao g1

Juiz da Carne Fraca diz que nunca houve indício de carne imprópria para consumo

Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, disse que seria uma “generalização temerária” afirmar que as empresas envolvidas colocam produtos impróprios para consumo no mercado

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba | Antônio More/Gazeta do Povo
O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Em entrevista ao portal de notícias G1 , o juiz responsável pelos mandados judiciais feitos no âmbito da Operação Carne Fraca, Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, disse que o foco da investigação nunca foi a qualidade dos alimentos processados pelos frigoríficos, mas sim sobre os crimes de corrupção e extorsão que teriam sido cometidos por fiscais agropecuários e por empresas do ramo.

Segundo Josegrei, ainda não há indícios de que os produtos que eram comercializados pelas 21 unidades frigoríficas investigadas pela Polícia Federal (PF) podiam fazer mal à saúde dos consumidores. O magistrado disse que seria uma “generalização temerária” afirmar que as empresas envolvidas na Carne Fraca colocam produtos impróprios para consumo no mercado.

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O juiz federal afirmou ainda que o problema verificado na investigação era a associação entre fiscais e empresas para “romper barreiras burocráticas”.

A Carne Fraca mira corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No rol de empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona da Seara e da Big Frango, a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão, e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.

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Na lista de irregularidades identificadas pela PF estão o pagamento de propinas a fiscais federais agropecuários e agentes de inspeção em razão da comercialização de certificados sanitários e aproveitamento de carne estragada para produção de gêneros alimentícios. Os pagamentos indevidos teriam o objetivo de atender aos interesses de empresas fiscalizadas para evitar a efetiva e adequada fiscalização das atividades, segundo a investigação.

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