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São Paulo

Justiça determina internação de Champinha em manicômio

O jovem conhecido como Champinha, acusado de assassinar o casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, em 2003, deve ser levado para um manicômio. O juiz Trazíbulo José Ferreira da Silva, do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude, determinou nesta quinta-feira a suspensão do internamento de Champinha em uma unidade da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) e sua transferência para um local adequado para tratamento "especializado da problemática de saúde mental".

A sentença dá um prazo de 10 dias para o secretário estadual de Saúde indicar o local de internação. A decisão do juiz foi baseada nos laudos psiquiátricos realizados pelo Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo e pelo Instituto Médico Legal. Reportagem do jornal "Diário de S. Paulo", publicada no último dia 30 de setembro pelas repórteres Luisa Alcalde e Bárbara Souza, diz que os laudos afirmam que Champinha apresenta " alta probabilidade de reincidência e não tem condições de voltar a conviver em sociedade por ser portador de transtorno orgânico de personalidade" .

Em seu despacho, o juiz observa que Champinha "ainda ostenta, infelizmente, deficiências que o tornam propenso a novas ações anti-sociais violentas e extremamente vulnerável a situações de risco, caso venha a receber estímulos inadequados ou se associar a pessoas inescrupulosas".

No dia 20 de julho deste ano, três dos demais envolvidos no crime foram condenados a mais de 169 anos de prisão. Agnaldo Pires foi sentenciado a 47 anos e três meses de reclusão por estupro; Antonio Caetano da Silva, a 124 anos por vários estupros; e Antonio Matias a seis anos de reclusão e um ano, nove meses e 15 dias de detenção por crime de cárcere privado, favorecimento pessoal, ajuda à fuga dos outros acusados e ocultação da arma do crime.

O quarto acusado, Paulo César da Silva Marques, conhecido como "Pernambuco" ainda não foi julgado por haver recorrido da denúncia. O recurso foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e a data de seu julgamento ainda não foi marcada.

Recolhido na Febem por ser menor de idade na época do crime, Champinha poderia ser solto no próximo dia 10.

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