O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do governador José Roberto Arruda (sem partido) e outros 13 envolvidos no chamado esquema do mensalão do DEM. A decisão foi tomada pelo ministro Fernando Gonçalves no dia 18 de dezembro, mas só ontem ele autorizou a divulgação da medida.
Por meio de sua assessoria, Arruda disse que não foi notificado da decisão e reafirmou que, desde o início do processo, colocou à disposição da Justiça todas essas informações.
A investigação contra Arruda corre no STJ, onde ele tem foro privilegiado. Gonçalves entendeu que não era necessária autorização da Câmara Distrital para determinar a quebra.
Além de Arruda tiveram os sigilos quebrados, deputados distritais acusados de receber propina do esquema: o presidente da Câmara Distrital, Leonardo Prudente, e a deputada Eurides Brito (PMDB), então líder do governo. Ambos flagrados em vídeo recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo de Arruda e delator do esquema ao Ministério Público. Prudente foi filmado colocando o dinheiro em suas meias.



