Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Mensalão

Justiça italiana prorroga prisão de Pizzolato

Pizolatto ficará preso pelo menos até 17 de março, quando acaba o prazo de 40 dias para que o Brasil peça sua extradição | J. Freitas/Ag. Senado
Pizolatto ficará preso pelo menos até 17 de março, quando acaba o prazo de 40 dias para que o Brasil peça sua extradição (Foto: J. Freitas/Ag. Senado)

A pedido do Ministério da Justiça da Itália, a Corte de Apelação de Bolonha decidiu manter na prisão o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, ítalo-brasileiro condenado a 12 anos e sete meses de cadeia no processo do mensalão. Pizzolato fugiu para território italiano em setembro de 2013, tentando escapar do cumprimento da pena.

O tribunal renovou automaticamente a reclusão de Pizzolato, que está no presídio de Sant’Anna, em Módena, onde poderá ficar pelo menos até 17 de março, quando acaba o prazo de 40 dias para que o Brasil peça a extradição. O procurador Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, reconheceu que será difícil conseguir que o governo local extradite um de seus nacionais. Ressaltou, porém, que a manifestação do ministério pode indicar que os italianos não descartam extraditar Pizzolato, preso devido ao pedido brasileiro de detenção, via Interpol, e não por ter sido flagrado com documentos falsos, crime de baixa gravidade.

"O fato de haver um pedido de manutenção da prisão é importante", disse Pelella, que ontem se encontrou com o chefe da Procuradoria da República em Módena, Vito Zincani. "Convenhamos: se não há possibilidade de extradição, a prisão não é relevante". O procurador brasileiro explicou que, depois que o ex-diretor do BB foi capturado pela polícia italiana, a Justiça "convalidou" a detenção de Pizzolato a pedido do Brasil. Apenas reconheceu que, além do processo brasileiro, o ex-diretor, ao ser preso, tinha documentos falsos, mas cujo porte não seria suficiente para que fosse mantido preso, por serem crimes com penas baixas.

Diferentemente do divulgado inicialmente, não haverá necessidade de audiência para examinar o pedido do ministério. O tribunal só se pronunciará agora mediante pedido da defesa de relaxamento de prisão ou prisão domiciliar. O próximo movimento do processo se dará a partir da chegada do pedido de extradição do Brasil, que deve ficar pronto ainda esta semana, segundo Pelella. A decisão será da Corte de Apelação, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação em Roma.

Fuga

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar como Henrique Pizzolato financiou sua fuga para a Itália. O petista deixou o país em setembro, dois meses antes de ter a prisão decretada, e foi capturado em 5 de fevereiro.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.