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Pizzolato foi solto na Itália na terça-feira | Antônio Gaudério/ Folhapress
Pizzolato foi solto na Itália na terça-feira| Foto: Antônio Gaudério/ Folhapress

O Ministério Público de La Spezia, na Itália, anunciou nesta quinta (10) que vai devolver a carteira de identidade italiana de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do mensalão. É o único documento de identidade em nome do petista que está apreendido na Itália.

Sem a carteira de identidade, Pizzolato não pode praticar atos banais como viajar de avião, hospedar-se sozinho em hotéis, alugar um imóvel em seu nome nem realizar qualquer trâmite burocrático sozinho, porque o único documento que ele possui é um alvará de soltura, que não tem valor como identidade.

O parecer pela devolução da carteira de identidade foi assinado na manhã desta quinta pelo procurador substituto Maurizio Caporuscio, responsável pelo inquérito que investiga Pizzolato pelo uso de documentos falsos na Itália, e foi confirmada pelo capitão Armando Ago, chefe do núcleo de investigação dos Carabinieri (polícia italiana) em La Spezia.

"Ele vai poder recuperar a carteira de identidade. O passaporte apreendido aqui estava em nome do irmão dele morto e obviamente não será devolvido", disse capitão Ago. Os dois passaportes de Pizzolato, um italiano e um brasileiro, foram apreendidos pela Justiça brasileira durante o curso do processo do mensalão.

Libertado na última terça após a Corte de Apelação de Bolonha negar a extradição do brasileiro, Pizzolato ainda é alvo de um inquérito pelo uso de documentos falsos, falsidade ideológica e substituição de pessoas por ter utilizado documentos em nome de seu irmão Celso Pizzolato para fugir para Europa e depois para viver incógnito em La Spezia.

Os documentos, cartões de crédito e extratos bancários apreendidos compõem o inquérito a que responde por ter utilizado documentos em nome de seu irmão Celso Pizzolato para fugir para Europa e depois para viver incógnito em La Spezia. As penas previstas por uso de documentos falsos, falsidade ideológica e substituição de pessoas vão de um a quatro anos de prisão.

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