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Paulistas

Kassab afirma que Serra poderia apoiar petista em 2014

Em conversa com presidente do PT, Rui Falcão, prefeito de São Paulo afirmou que tucano ficaria contra Aécio Neves na disputa presidencial

Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB) juntos na campanha presidencial de 2010: apoio incondicional e pessoal que vai se manter neste ano | Maurício Lima/AFP
Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB) juntos na campanha presidencial de 2010: apoio incondicional e pessoal que vai se manter neste ano (Foto: Maurício Lima/AFP)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), confirmou ontem a conversa com o presidente do PT, Rui Falcão, em que disse que José Serra (PSDB) preferiria a reeleição de Dilma Rousseff a apoiar uma eventual candidatura do também tucano Aécio Neves à Presidência em 2014.

"Eu falei em meu nome. Eu disse, em algum momento do ano passado, que eu achava que existia um risco se o Serra fosse prefeito, diante da tensão que existia, de até não apoiar [Aécio Neves]. Isso eu falei mesmo, é verdade", afirmou o prefeito.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Falcão revelou que Kassab teria afirmado que "para a [presidente] Dilma, a melhor coisa que poderia acontecer é o Serra prefeito de São Paulo".

Na análise de Kassab, Serra ficaria fora da disputa pelo Palácio do Planalto e, ao mesmo tempo, não apoiaria Aécio.

O prefeito evitou repetir a mesma avaliação ontem, num momento em que se alia a Serra para enfrentar o PT na disputa pela prefeitura de São Paulo. "Naquele momento eu tinha esse pensamento. Hoje as circunstâncias são outras e eu não parei pra avaliar", disse.

Kassab enfatizou que essa era a sua avaliação e que nunca conversou com Serra sobre o assunto. O prefeito fez questão de não transparecer ressentimento diante da inconfidência do ex-possível aliado. "Eu tive essa conversa no ano passado com o presidente e querido amigo Rui Falcão. Eu não pedi segredo."

Entre tucanos próximos a Serra, a revelação soou incômoda: "O Rui Falcão está querendo criar cizânia no nosso partido", disse o senador Aloizio Nunes. "Cada macaco no seu galho. Ele que cuide do PT e nós do PSDB."

Correligionários

Kassab evitou também polemizar com correligionários, como a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo afirmou descontentamento do alinhamento do partido com o PSDB. No seu estado, o grupo da senadora e tucanos estão em lados opostos.

Kassab disse que o PSD é um partido novo, com diferentes vertentes e, por isso, é difícil a unanimidade. Mas indicou que seu apoio a Serra não tem nada a ver com partidos e se trata de um apoio pessoal.

"Essa é a razão de afirmarmos que a aliança com o PSDB em São Paulo ocorreria desde que fosse o Serra candidato. É uma peculiaridade: a gestão aqui em São Paulo é conhecida como Serra-Kassab. Não faria nenhum sentido, sendo o Serra candidato, nós não o apoiarmos", afirmou.

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