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Deltan Dallagnol é coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato. | Antônio More/Gazeta do Povo
Deltan Dallagnol é coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa Lava Jato, declarou que a operação ou investigações semelhantes correm risco com a aprovação de leis que delimitem a sua atuação. A maior preocupação é sobre projetos que impedem a delação premiada. A declaração foi dada na noite desta quinta (7) após a sua palestra no encerramento do congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, no Rio.

“A Lava Jato corre risco desde o seu primeiro dia, mas esse risco se intensificou à medida que o número de investigados cresceu, principalmente, investigados influentes e poderosos. Eu não tenho dúvidas de que as iniciativas continuarão a existir. E, neste processo, a nossa única defesa é a sociedade. Por isso, a sociedade e a imprensa devem ficar atentas ao que está acontecendo”, afirmou.

O procurador se mostrou preocupado com a tramitação de projetos no Congresso Nacional que vedam a delação premiada. Atualmente, há oito projetos deste tipo, sendo sete na Câmara Federal e um no Senado.

De acordo com Dallagnol, 70% dos casos de delação da Lava Jato foram obtidos com réus soltos. Segundo ele, a medida ajudou na recuperação de bilhões desviados dos cofres públicos.

“O oferecimento do projeto sobre esse pacote não pode ter outra razão senão atrapalhar a investigação”, disse.

Durante pouco mais de uma hora, Deltan Dallagnol falou à uma plateia de executivos sobre a operação Lava Jato e o projeto de “Dez medidas contra a corrupção”, que trata de propostas de mudanças na legislação para dar celeridade aos processos judiciais, além de endurecer as punições para casos de corrupção.

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