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Lava Jato e falta de líderes tornam cenário ‘nebuloso’ para Temer no Congresso

Votação da meta fiscal mostrou que desafio do presidente interino é encontrar lideranças e melhorar articulação no Legislativo. Mas a operação da PF ameaça potenciais candidatos à função

Temer entre Jucá (esq.) e Renan: os dois aliados são considerados fundamentais na articulação política do nivo goberno no Congresso, mas estão envolvidos na Lava Jato. | Lula Marques/Agência PT
Temer entre Jucá (esq.) e Renan: os dois aliados são considerados fundamentais na articulação política do nivo goberno no Congresso, mas estão envolvidos na Lava Jato. (Foto: Lula Marques/Agência PT)

Embora a base aliada do governo Temer tenha conseguido aprovar a revisão da meta fiscal na quarta-feira passada (25), o chamado “primeiro teste” da base de sustentação do peemedebista também revelou falhas de articulação política, suficientes para embaraçar futuras deliberações, quando temas ainda mais espinhosos deverão entrar na pauta. E as gravações de políticos da cúpula do PMDB feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado adicionaram um ingrediente a mais de dor de cabeça para Temer: o risco de a Operação Lava Jato atingir líderes e aliados de peso do presidente no Congresso, desestabilizando a base.

No meio político, a avaliação geral é de que a base foi “salva” na votação da meta fiscal pela atuação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que à frente da sessão conseguiu acelerar a votação dos vetos que trancavam a pauta e teve habilidade no embate com a oposição, que apresentou uma série de requerimentos na tentativa de suspender os trabalhos. Renan é um dos políticos implicados nos áudios de Machado.

Faltas

Menos polêmica do que as matérias que ainda pretende levar para o Legislativo, a revisão da meta fiscal não tinha potencial para dividir a base. Ainda assim, a oposição, minoria na Casa, mostrou ter condições de “arrastar” uma sessão ou mesmo suspendê-la, caso haja falhas na articulação do bloco majoritário.

Na votação da meta fiscal, a oposição conseguiu embaralhar o andamento da sessão, recorrendo constantemente ao regimento interno para contestar procedimentos. Além disso, permaneceu atenta ao quórum da sessão, que pode “cair” se um número mínimo de parlamentares não estiver presente no plenário. Em uma sessão longa, o quórum costuma ser instável.

Na sessão da meta fiscal –a primeira do Congresso desde o início do governo Temer –, os debates iniciaram na manhã de terça-feira (24) e só foram terminar na madrugada de quarta-feira (25). Ao longo do período, em mais de uma situação a sessão quase “caiu” devido à ausência de senadores.

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