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Lava Jato vai compartilhar investigação sobre Funcef e Petros

Fundo dos funcionários da Caixa investiu mais de R$ 1 bi na Sete Brasil. | Antônio More/Gazeta do Povo
Fundo dos funcionários da Caixa investiu mais de R$ 1 bi na Sete Brasil. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Além da CPI do BNDES, a CPI dos Fundos de Pensão deve ganhar fôlego no Congresso com as investigações dos fundos de pensão Funcef e Petros feitas pela Lava-Jato. Na semana passada, o Ministério Público Federal se manifestou favorável ao compartilhamento dos dois inquéritos em ofício encaminhado ao juiz Sergio Moro. O pedido havia sido feito pelo deputado Efraim Filho (DEM-PB), que preside a CPI. A autorização final cabe ao juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato.

Também serão compartilhadas com a CPI informações de quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e da empresa do ex-ministro José Dirceu, a JD Consultoria.

Terceiro maior fundo de pensão do país, atrás da Previ e do Petros, o Funcef acumulava R$ 54 bilhões em investimentos e 99.359 participantes ao fim de 2014. A pedido do então deputado federal André Vargas, um dos diretores do fundo recebeu o doleiro Alberto Youssef, que sugeriu que o fundo aplicasse em debêntures da Marsans, uma agência de viagens controlada pelo próprio doleiro.

O Funcef também investiu R$ 1,3 bilhão na Sete Brasil, empresa criada para a construção das sondas de exploração do pré-sal com investimentos de fundos. O BTG Pactual é o principal participante, com cerca de 25%. O Funcef e o Fi-FGTS, administrado pela Caixa, também estão entre os acionistas.

Desde 2011 a Funcef acumula déficits anuais e o valor acumulado é de cerca de R$ 5 bilhões.

A Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, tem déficit de 5 bilhões de reais e vai apresentar em dezembro um plano para equacionar as contas. O plano prevê que o banco e os funcionários terão de colocar mais dinheiro no plano a partir de 2016. Segundo a Funcef, “serão contribuições extraordinárias devido ao encrudescimento na crise”. A Fapes, dos funcionários do BNDES, teve déficit de 1,2 bilhão de reais em 2014 - o banco deveria fazer um aporte no fundo neste ano, mas o valor está sendo questionado pelo Ministério do Planejamento, responsável pelo BNDES.

Em agosto passado o presidente da Funcef, Carlos Caser, afirmou na CPI ser amigo pessoal de João Vaccari Neto, mas disse que nunca tratou deste assunto com ele.

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