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O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), não presenciou o discurso em que o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), desancou o governo Lula, mas à tarde, por intermédio da assessoria, atribuiu o ataque, que chamou de "rebaixado", a uma reação da oposição aos resultados positivos de pesquisa de opinião que mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda guarda popularidade, apesar das denúncias. Por quase duas horas, o tucano repetiu pelo menos dez vezes que Lula era "corrupto ou idiota" e colocou sob suspeita contas de campanha.

- Todos estamos tendo paciência para levar o senhor Lula até o último dia de seu governo, mas todos sabemos que não é possível um dia a mais, depois de 1º de janeiro de 2007, termos uma figura como o presidente da República que, das duas uma: ou é conivente com a corrupção ou é um completo idiota, por não estar vendo tudo o que se passa a sua frente. Então, estou dizendo aqui: na melhor das hipóteses, senhor Lula, o senhor é um idiota! Na pior, é um corrupto! - esbravejou Virgílio.

Virgílio deixou recado na caixa postal de Mercadante avisando que falaria. Reuniu documentos sobre suas contas de campanha e um parecer sobre a legalidade da doação da Skymaster. E logo no começo do discurso, antecipou suas intenções:

- Não desceu por minha goela, então, vai daqui para fora tudo o que estou sentindo no coração.

Virgílio também passou a contestar as contas de campanha dos colegas, depois de informar que gastou cerca de R$ 1,6 milhão para se eleger. Começou pelo senador Jefferson Peres (PDT-AM), a quem atribuiu gastos declarados de R$ 149 mil. Depois, criticou Mercadante e Lula:

- A campanha do senador Mercadante não custou R$ 710 mil. Não é verdade. Ninguém se elege senador por São Paulo gastando R$ 710 mil. Como é mentira que Lula tenha perdido a eleição de 1998 gastando R$ 3 milhões. É mentira!

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