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Traiano: pedido para Richa retirar o projeto | Sandro Nascimento/Alep
Traiano: pedido para Richa retirar o projeto| Foto: Sandro Nascimento/Alep

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Numa situação pouco comum na Assembleia Legislativa do Paraná, o líder do governo na Casa, Ademar Traiano (PSDB), disse publicamente ontem que é contrário a um projeto do Executivo que chegou à Casa na última segunda-feira. A proposta abre a possibilidade de empresas privadas exercerem o controle e a fiscalização eletrônica do trânsito em rodovias estaduais, bem como receberem parte dos recursos oriundos da aplicação de multas. O líder da oposição, Tadeu Veneri (PT), também disse ser contra a matéria. Para ele, a medida vai criar a "indústria da multa" no Paraná.

Pelo projeto, ficam revogadas duas leis estaduais. A primeira, sancionada pelo ex-governador Jaime Lerner, proíbe que empresas privadas controlem e fiscalizem o trânsito nas rodovias estaduais e que participem da arrecadação de multas por excesso de velocidade. Já a outra, da gestão Roberto Requião, veda ao Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) alugar qualquer equipamento para controle e fiscalização de rodovias.

Traiano, porém, revelou que vai pedir ao governador Beto Richa (PSDB) que retire o projeto de tramitação. Na visão dele, não há razão para instalar mais radares nas estradas estaduais e, com isso, arrumar novos mecanismos para pegar os motoristas de surpresa. "A Polícia Rodoviária já tem meios para isso. É preciso muito cuidado e cautela ao tratar desse assunto", disse o deputado.

Seguindo o mesmo raciocínio, Veneri citou o caso da empresa Consilux, que opera os radares em Curitiba, para criticar a proposta do governo. "Até hoje, não sabemos quanto a empresa arrecadou. Isso vai se repetir no Paraná todo, se o governo simplesmente revogar essas duas leis", afirmou. "Depois de expandir o Mãe Curitibana para o estado, o governador quer fazer o mesmo com a indústria das multas de Curitiba."

Defesa

O diretor-geral do DER, Nelson Leal Jr., negou que a mudança irá criar uma indústria da multa no estado. O objetivo do projeto, segundo ele, é prevenir as mortes no trânsito, provocadas sobretudo pelo excesso de velocidade. Além disso, disse que as empresas que forem contratadas farão apenas a colocação e a manutenção de radares que já estão sendo adquiridos pelo órgão e, para isso, receberão um valor fixado em contrato.

"É muito difícil ter pessoal capacitado para atuar no estado todo na operação dos radares. São 12,4 mil quilômetros de rodovias estaduais", afirmou Leal Jr. De acordo com ele, o sistema permanecerá sob total responsabilidade do DER.

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