A melhor forma do PFL ajudar a campanha do candidato da terceira via à Presidência da Câmara, Gustavo Fruet (PSDB-PR), é manter o apoio ao atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e forçar um segundo turno. A estratégia é do líder do PFL no Senado e candidato à Presidência da Casa, José Agripino Maia (RN), que considera inviável a debandada dos deputados pefelistas para a candidatura de Fruet no primeiro turno.
- É preciso respeitar a racionalidade. O compromisso tomado pelo PFL na candidatura de Aldo Rebelo vem de longe. Se o deputado Gustavo Fruet, que é um excelente candidato, tivesse sido candidato naquela época, não tenham dúvida que estaríamos com ele - afirmou o senador.
Segundo o senador, o melhor para Fruet é evitar que Aldo Rebelo retire a sua candidatura caso perca o apoio do PFL, que tem uma bancada de 65 deputados na Câmara.
- Com a candidatura de Gustavo Fruet, o segundo turno está assegurado. Fruet pode ir para o segundo turno. Se isso acontecer ele contará com os votos do PFL - afirmou o líder.
Agripino Maia descartou qualquer possibilidade de a decisão do PFL de não apoiar Fruet na Câmara contaminar a aliança feita com o PSDB em torno de sua candidatura à Presidência do Senado.
- O PSDB é um partido racional e já foram feitas conversas neste sentido - afirmou.
Gustavo Fruet já assimilou a postura dos pefelistas. Ele não espera qualquer apoio institucional do partido no primeiro turno. Independente disso, o parlamentar disse que já manteve conversas diretas com deputados do PFL. A estratégia de Fruet é trabalhar em duas frentes: conversas individuais com parlamentares de praticamente todos os partidos e com representações de entidades da sociedade civil, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras.



