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Atualizado em 27/06/2006 às 18h58

Ao participar da 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária, em um clube de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já como candidato declarado à reeleição, disse que "pegou o Brasil desarranjado e arrumou a casa". O presidente acrescentou que agora o Brasil não depende mais do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou do sorriso do presidente americano.

- O Brasil era uma coisa um pouco desarranjada. As pessoas achavam que não ia dar certo, mas o que aconteceu é que conseguimos arrumar a casa de tal ordem que alguns críticos do passado não sabem como explicar - disse.

O candidato tucano, Geraldo Alckmin reagiu dizendo que o que provocou instabilidade no país em 2002, ano da eleição de Lula, foi o que ele chamou de "efeito-PT" e "risco-Lula".

- O PT não pegou a economia desarrumada, pelo contrário. Foi o governo do presidente Fernando Henrique, que através do Real, um fato que deve ser comemorado, proporcionou a estabilidade da moeda (...) Mas o que tivemos em 2002 foi o efeito-PT, o risco-Lula. Ou seja, eles passaram 25 anos dizendo uma coisa que não cumpriram e isso causou uma enorme instabilidade. Foi simplesmente a vitória do Lula que acabou piorando os índices em 2002 - disse ele, acrescentando que não vai ser pautado pelo PT e fará uma campanha propositiva.

Com a disputa eleitoral polarizada, PT e PSDB trocam acusações desde a convenção que no sábado lançou o presidente Lula candidato à reeleição. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, respondeu na segunda-feira com mais ironias à reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que em resposta aos ataques de Lula acusou no domingo o governo petista de ser o "mais corrupto".

Nesta terça, Lula disse que economistas ligados ao PT, como Paul Singer, Maria da Conceição Tavares e Aloizio Mercadante, diziam que ele assumiu o país numa situação econômica tão difícil que tinham dúvidas de que conseguiria vencer as dificuldades.

- E eu dizia: 'Diabos, vocês são meus amigos e dizem que o país está quebrado?' Mas se resolveu o problema da economia brasileira a ponto de devolver dinheiro ao FMI e saldar a dívida com o Clube de Paris - discursou.

Ao falar do sucesso de programas como o do microcrédito, Lula disse que o país não estava preparado para cuidar dos mais pobres, "como um verdadeiro candidato afirmou, nós temos vocês e vocês têm a nós". Lula ouviu gritos na chegada e na saída em favor da sua reeleição. Os participantes do encontro gritavam frases como "Um, dois, três, Lula outra vez!" e até mesmo sua reeleição foi pedida nos discursos oficiais pelo presidente da Cooperativa Geral (Coop), Niro Roni Nobre Barrios.

- Tenho certeza que com sua reeleição o senhor pode contar com essa grande parcela de pessoas para pôr em prática nosso modelo de desenvolvimento - disse Barrios.

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