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Prece presidencial: Lula sonha em ver Dilma Rousseff em um palanque que reúna os desafetos Osmar Dias e Roberto Requião | Fotos: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Prece presidencial: Lula sonha em ver Dilma Rousseff em um palanque que reúna os desafetos Osmar Dias e Roberto Requião| Foto: Fotos: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
  • Osmar e Requião: apoio, sim. Palanque, não.

Empenhado em fortalecer no Paraná o palanque presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou ontem o estado sem ter conseguido fechar uma aliança regional com os partidos da base aliada.

Lula vem trabalhando nos bastidores para atrair o PMDB do governador Roberto Requião para a aliança que deve ser formada pelo PT com o PDT, tendo o senador Osmar Dias como candidato ao governo paranaense.

Osmar e Requião ainda continuam, aparentemente, distantes politicamente – em um cenário que pode favorecer o presidenciável tucano José Serra, que terá o palanque do prefeito de Curitiba e pré-candidato ao governo, Beto Richa (PSDB), no Paraná. Osmar, que brigou com Requião durante a última campanha ao governo do estado, já é pré-candidato ao Palácio Iguaçu desde 2006. E o PMDB, em princípio, lançará o vice-governador Orlando Pessuti.

Dificuldades

Antes mesmo de chegar ao Paraná, ontem pela manhã, Lula já sabia das dificuldades em unir Requião e Osmar. "Eu sei perfeitamente que nem sempre é possível realizar nosso desejo, que é o de juntar no mesmo barco todo mundo que a gente respeita e admira. Às vezes, as realidades locais e o histórico de disputas passadas ou presentes falam mais alto", declarou o presidente em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de Londrina.

Requião distanciou-se do PT neste ano, depois de acusar o ministro do Planejamento, o petista Paulo Bernardo, de propor o superfaturamento de uma obra ferroviária no estado. Somado a isso, o governador é "inimigo" político do senador Osmar Dias. As divergências entre eles aumentaram em 2006, quando os dois disputaram a eleição para o governo do Paraná. Requião se elegeu, mas ficou com gosto amargo de uma vitória apertadíssima, com apenas 10 mil de diferença num universo de cerca de 7 milhões de eleitores.

Requião e Osmar chegaram a trocar algumas palavras ontem durante a cerimônia de modernização da Refinaria Presidente Vargas (Repar), em Araucária, na Grande Curitiba. Segundo Os­­­mar, a conversa foi sobre a inauguração das obras e não foram discutidas possíveis alianças. Osmar disse ainda que não trataria desse assunto porque respeita Pessuti, que é o pré-candidato do PMDB ao governo.

O senador pedetista afirmou ainda não ter conversado sobre alianças com o presidente Lula. Segundo ele, isso seria impossível em um evento como o da Repar. Osmar, porém, admitiu que o tema poderia ser abordado na viagem de avião entre Curitiba e Londrina, aonde Lula viajou posteriormente para inaugurar uma central de call center. A Gazeta do Povo não conseguiu contactar o senador para verificar se o assunto chegou a ser discutido com o presidente durante o voo.

Já Requião, por meio do Twitter, site de mensagens curtas na internet, reforçou que apoia a candidatura de seu vice, descartando uma possível aliança com Osmar. "É Pessuti ou tudo volta a ser o que era", escreveu o governador, dando a entender que Osmar e Richa representam o retorno do lernismo ao Paraná.

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