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Em discurso em um estaleiro na Zona Portuária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu novos indícios que vai aceitar o pedido de envio das Forças Armadas para ajudar o combate à violência no Rio. Lula encerrou sua fala dizendo que não queria mais ver a cidade apenas nas páginas policiais dos jornais, mas que era preciso incentivar a importância econômica e cultural da capital fluminense.

"Vamos ser parceiros também na área de combate à criminalidade. Os problemas foram acumulados durante tantas décadas, que o estado não pode cuidar disso sozinho. Sérgio Cabral e eu podemos construir a mais importante parceria entre o estado do Rio e o governo federal", disse o presidente durante a solenidade de assinatura do contrato da Transpetro com o consórcio Rio Naval, no estaleiro Sermetal, na Zona Portuária da cidade.

Lula assina contrato para a construção de nove navios

O documento prevê a construção de nove navios, no valor de 866 milhões de dólares, até 2012. As embarcações fazem parte do Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. O projeto pretende construir ao todo 42 navios para atender totalmente as necessidades da Petrobras.

"Nós queremos independência e autonomia, sem ter que pedir favor a ninguém. Não é possível que os outros dirigentes desse país não percebessem a capacidade que temos. A não ser que as pessoas que dominavam fossem sócios de empresas estrangeiras que lucravam com isso. Porque, se fossem brasileiras, iam saber do potencial da indústria naval brasileira", discursou o presidente, que lembrou o posto de segundo maior produtor naval do mundo perdido pelo país nos anos 80.

Antes do evento, Lula almoçou com epresentantes da transportadora da Petrobras depois de um dia de agenda cheia no Rio. Logo pela manhã, o presidente participou da formatura dos guias cívicos dos Jogos Pan-Americanos, no Maracanã. De lá, seguiu de trem para a Central do Brasil, na viagem inaugural do 12º trem urbano do Rio, e para a estação Cantagalo do Metrô, em Copacabana, onde acionou o mecanismo de detonação que deu início as obras de expansão rumo a futura estação General Osório, em Ipanema.

A visita de Lula foi marcada por pequenos impropérios. No Maracanã, jovens rivais das favelas do Alemão e da Rocinha, iniciaram uma briga dentro das dependências do estádio. Na Central, manifestantes do sindicato dos metroviários entregaram uma carta ao presidente reclamando da demissão de 250 funcionários do Metro Rio. Já nas obras de extensão do metrô até Ipanema, Lula e Cabral tiveram de passar por um grupo de manifestantes que agradecia à ex-governadora Rosinha Matheus (PMDB) a compra dos trens urbanos coreanos.

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