O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta segunda-feira, na reunião de coordenação de governo, entrar pessoalmente na articulação pra conseguir os 49 votos necessários para aprovar a CPMF no Senado. Lula deverá telefonar para governadores e senadores, bem como recebê-los no Palácio do Planalto, para mostrar a necessidade de prorrogação do imposto do cheque, que rende aos cofres públicos cerca de R$ 40 bilhões ao ano. O presidente também orientou os ministros a se empenharem no trabalho de convencimento dos parlamentares.
Os governistas vão procurar governadores e senadores da base aliada e da oposição. O governo vai insistir no argumento de que parte da arrecadação da CPMF é repassada para estados e municípios através dos programas na área de saúde.
A expectativa do do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é que a votação da proposta em primeiro turno ocorra entre 12 e 15 de dezembro. O segundo turno seria na semana seguinte.
Para evitar a chamada noventena - período de 90 dias para que o tributo seja cobrado - e assegurar a arrrecadação integral, o Senado tem de aprovar e promulgar a CPMF até o dia 31 de dezembro. Na reunião de coordenação, ficou acertado que o trabalho será feito de maneira a cumprir esse prazo e evitar inclusive uma auto-convocação do Congresso no final de dezembro.
Participaram da reunião, além de Lula, os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral), Guido Mantega (Fazendo), Paulo Bernardo (Planejamento), Franklin Martins (Comunicação Social), Tarso Genro (Justiça), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) e José Temporão (Saúde).



