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saúde

Lula faz última sessão da radioterapia contra o câncer

Sofrendo os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer na laringe, Lula está internado há uma semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez, na manhã desta sexta-feira, sua última sessão de radioterapia. Sofrendo os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer na laringe, Lula está internado há uma semana no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Segundo o oncologista Artur Katz, o ex-presidente deverá ter alta durante a tarde.

Devido à radioterapia, Lula começou a sentir dores na garganta, mais rouquidão e dificuldade para deglutir. No sábado passado, foi internado com sinais de fadiga e tosse. Ficou doze horas sem conseguir beber água nem se alimentar. Os médicos detectaram uma inflamação na mucosa da laringe e Lula foi medicado, hidratado e recebeu suporte nutricional por soro. Também ampliou o tratamento de fono e fisioterapia.

"Ele poderá voltar para casa mais tarde. O processo inflamatório não se encerra com o fim do tratamento, imediatamente. Mas Lula está melhor e concluiu o tratamento", disse Katz ao GLOBO.

Ao fazer uma tomografia para diagnosticar a inflamação na garganta, os médicos confirmaram no sábado que o tumor havia sido eliminado. Na semana passada, Lula já havia sido submetido a tomografias para ajuste da radioterapia que apontavam o desaparecimento do tumor. Os médicos esclareceram que o fim do tumor não significa, ainda, a cura da doença, mas é um sinal de boa resposta ao tratamento.

Entre quatro e seis semanas, provavelmente no fim de março, os médicos devem realizar os exames de avaliação do tratamento, como laringoscopia e um teste de imagem, o PET-Scan, que detecta se há presença de células de câncer no organismo.

O câncer de Lula foi diagnosticado em outubro passado. Como tratamento, ele fez três sessões de quimioterapia, seguidas de 33 sessões de radioterapia.

Médicos recomendam repouso a Lula

O ex-presidente será homenageado pela escola de samba Gaviões da Fiel no desfile de sábado, no Sambódromo paulistano. A expectativa era que ele desfilasse em um carro alegórico que representa um conjunto habitacional popular, lembrando uma favela urbanizada.

Algumas lideranças petistas decidiram participar do desfile e o ex-ministro Fernando Haddad, pré-candidato do PT à prefeitura paulistana,vai ao Sambódromo para ver a homenagem no camarote da Liga das Escolas de Samba. Lula, no entanto, assistirá ao desfile em seu apartamento em São Bernardo do Campo, já que os médicos recomendaram que ele faça repouso.

Os médicos aconselharam Lula a permanecer no hospital até esta sexta-feira porque, assim, ele pode receber hidratação constante e fazer mais sessões de fonoterapia e fisioterapia. Lula mora em São Bernardo do Campo, a 35 quilômetros do hospital, e os médicos queriam evitar o desgaste do trajeto, já que faltavam apenas quatro sessões de radioterapia quando ele foi internado.

Outro problema que os médicos pretendiam evitar com a internação era o excesso de visitas.

Lula tem como "vizinho" de corredor o ex-ministro Luiz Gushiken, que também faz um tratamento contra câncer. Gushiken tem aproveitado a proximidade para visitar o ex-presidente.

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