Para evitar um racha entre partidos aliados, o Palácio do Planalto bateu o martelo: o novo ministro de MInas e Energia continuará na cota do PMDB. O partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva buscam um nome com perfil técnico, como era considerado Silas Rondeau, que pediu demissão.
Nesta terça, o ministro entregou a carta de demissão ao presidente Lula, três dias após ser acusado de receber propina. Na carta, Rondeau disse ser inocente e que deixou o governo para impedir que o setor energético fosse prejudicado e a imagem do governo afetada.
No primeiro dia como ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner esteve no Palácio do Planalto. De acordo com assessores, ele se reuniu com a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.
Na noite desta terça, o presidente do PMDB, deputado MIchel Temer, ligou para lideranças do partido no Senado e deu o recado: a Câmara vai apoiar o nome que for indicado pelos senadores para o ministério.
O líder dos peemedebistas no Senado disse que não há qualquer definição sobre o substituto de Silas Rondeau e que os padrinhos políticos do ex-ministro prometem agora agir de maneira diferente.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, abalado pelas denúncias envolvendo pessoas próximas a ele, quer ficar longe das negociações. José Sarney pretende dividir a decisão com a bancada.
Para senadores do PMDB, o nome do novo ministro de Minas e Energia precisa ser anunciado dentro de uma semana, a tempo de evitar especulações que fortaleçam o avanço de outros partidos, principalmente o PT, sobre o cargo.



