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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de encerramento do 27o Encontro Econômico Brasil-Alemanha nesta terça-feira para fazer um apelo por um acordo entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre o combate ao aquecimento global.

Lula defendeu a realização de uma reunião antes do encontro agendado para dezembro, em Copenhague, a fim de facilitar um entendimento entre as partes.

"É importante... antes de Copenhague os dois grupos se encontrarem para ver se a gente pode chegar a Copenhague com a posição única entre Brasil, Alemanha, Estados Unidos e outros países importantes que precisam assumir responsabilidades", discursou Lula em Vitória (ES).

O presidente brasileiro criticou os argumentos de que as mudanças climáticas poderiam ser resolvidas apenas com o financiamento de mecanismos de sequestro de carbono pelos países desenvolvidos.

"É preciso que a gente ajude os países pobres a ganhar algum recurso com o sequestro de carbono, mas é preciso que a gente discuta a diminuição da emissão de gases de efeito estufa pelos países ricos e cada país assumir compromisso em função daquilo que emite de gases de efeito estufa", argumentou.

Lula disse ainda que a questão climática não é apenas mais interesse de "jovens", mas está relacionada à sobrevivência da humanidade.

"Essa discussão eu espero que a gente possa amadurecer até Copenhague", destacou.

Um dia depois do anúncio do novo marco regulatório do petróleo, o presidente convidou o empresariado alemão a investir no setor. Segundo ele, o Brasil precisará produzir diversas plataformas e outros equipamentos para explorar as reservas localizadas na camada pré-sal.

"Poderemos fabricar em parceria com a Alemanha, em empresas conjuntas", comentou.

Ele ofereceu também aos alemães uma parceria no desenvolvimento de um projeto inovador de usinas de energia que desmatam menos, o qual, sem dar detalhes, chamou de "hidrelétricas-plataforma".

Depois do evento, em entrevista a jornalistas, o presidente defendeu o regime de urgência constitucional dos projetos de lei do novo modelo do petróleo.

"Não sei qual é o tempo que o Congresso Nacional vai querer debater. Acho que, quanto mais tempo nós demorarmos, mais tempo vamos ficar sem tirar proveito da riqueza que nós encontramos", declarou.

"Precisamos o quanto antes aprovar para que o mundo inteiro saiba quais são as regras e a partir daí a gente passe a fazer as modificações (para o fortalecimento da indústria do setor)."

Lula afirmou também que o governo deve lançar em breve uma política de inclusão digital.

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