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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta sexta-feira (4) o que considerou "um erro" do próprio governo e defendeu que o Senado altere o projeto de lei que trata da Lei Pelé e cria a função de monitor de esporte. Pela proposta, ex-atletas poderiam substituir profissionais de educação física e dar aulas como monitores. A declaração do presidente foi feita na 3ª Conferência Nacional do Esporte, em Brasília.

Antes de Lula, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, já tinha afirmado que o governo era contra essa ideia. "O Senado examina um projeto de lei, que entre as mudanças propostas tem uma criação da monitoria do esporte. Essa conferência vai se posicionar contrariamente e tenho certeza que o Senado vai ouvir a voz da conferência em respeito à saúde", afirmou Silva.

O presidente Lula foi além e admitiu que o "erro" na criação da monitoria do esporte era do próprio governo. "Parece que o erro que está no projeto é nosso mesmo. Era uma visão que tínhamos em 2005. É preciso chamar os nossos líderes no Senado e dizer que não é aquilo que nós queremos." O projeto pode entrar na pauta de votação do Senado na próxima quarta-feira (9).

Lula destacou investimentos previstos para a área esportiva no PAC 2, que vai de 2011 a 2014. Entre os investimentos está a construção de 6 mil ginásios e a cobertura de 4 mil quadras em escolas públicas brasileiras.

O presidente destacou ainda a conquista do direito de sediar as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016. Ele atribuiu a vitória ao "profissionalismo" do Brasil na disputa.

"Pela primeira vez a gente decidiu ser profissional. Nesse negócio não tem amadorismo. Não dá para chegar lá andando de Brasília velha. Eu nunca vi eleito deputado andando de Brasília velha. O Itamaraty, a prefeitura, o governo de estado, o COB, eu, pessoalmente, atletas famosos que estavam lá, todos foram muito profissionais. Por isso nós tivemos a maior diferença de votos que um país teve na história das Olimpíadas", afirmou Lula.

O presidente foi recebido na Conferência com um misto de vaias e aplausos por ter se atrasado em mais de uma hora e meia. Ele recebeu aplausos ao pedir desculpas. "Nesse país, normalmente um presidente da República não tem hábito de pedir desculpas, mas eu tenho o hábito de pedir desculpas e quero pedir desculpa."

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