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Pedro Corrêa (ao centro): delação do ex-parlamentar ainda não foi homologada. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Pedro Corrêa (ao centro): delação do ex-parlamentar ainda não foi homologada.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Pedro Corrêa, ex-presidente do Partido Progressista (PP) preso na operação Lava Jato há mais de um ano, conta em sua proposta de delação premiada que Luiz Inácio Lula da Silva sabia da existência do petrolão e da função exercida no esquema pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. A informação é da revista ‘Época’, deste sábado (5), que diz que a delação deve ser assinada nos próximos dias.

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A publicação semanal detalha que dos 73 capítulos e mais de 130 agentes políticos citados na proposta de delação de Corrêa, o personagem principal é o ex-presidente. Pedro Corrêa ofereceu aos investigadores relatar episódios comprometedores envolvendo Lula. De acordo com a ‘Época’, o ex-parlamentar detalha que o embrião do esquema de corrupção da Petrobras era o mensalão. E acrescenta que desde 2004 “o petrolão financiava o mensalão”.

A delação de Pedro Corrêa era esperada – até porque pode fazer uma ligação direta com o caso do Mensalão. Mas está demorando para ser concretizada. De acordo com as informações publicadas na revista, trata-se também de uma tentativa de desconstruir a famosa frase “de que Lula não sabia de nada”. A publicação traz trechos do que Corrêa teria contado.

O ex-parlamentar era o responsável por garantir a sustentação do PP ao governo petista. Em troca, receberia as propinas geradas a partir dos contratos fechados na diretoria de abastecimento da Petrobras, comandada pelo delator Paulo Roberto Costa. A princípio, Pedro Corrêa pretendia contar cinco casos comprometedores envolvendo Lula – que, no final das contas, tornaram-se um único tópico, relatando encontro com Lula. Num deles, o PP cobra mais espaço no esquema de propina da Petrobras. Lula, segundo Corrêa, teria dito que “Paulinho”, apelido de Paulo Roberto, indicado pelo ex-presidente para a diretoria de abastecimento da estatal, feudo dividido entre PP e PT, estava atendendo bem o partido da base aliada. O embrião do esquema do petrolão, segundo Corrêa, era o mensalão.

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