O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a apresentar os primeiros sinais dos efeitos colaterais da quimioterapia realizada na semana passada: a fadiga. Lula tem se sentido cansado e pouco disposto a receber visitas, principalmente pela baixa imunidade, e os médicos do ex-presidente recomendam isolamento do paciente, já que ele pode pegar uma gripe, por exemplo, e prejudicar o tratamento contra o câncer na laringe.
Ele tem sido fotografado na janela de seu apartamento usando máscara para evitar contaminações.
Por isso, nem a presidente Dilma Rousseff visitaria o ex-presidente, apesar de ter chegado nesta quinta-feira (10) a São Paulo. Nesta quinta, Lula deveria ir à posse de seu médico Roberto Kalil, como chefe do Instituto do Coração (Incor), à qual o ex-presidente iria, mas ele resolveu ontem declinar do convite. Dilma vai prestigiar a posse de Kalil. Esse deverá ser um evento para reunir a república dos clientes de Kalil, que vai de Dilma ao governador José Serra.
Lula permanecerá em seu apartamento em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Ele ainda foi visto na janela portando a bolsinha por onde são injetados os remédios da quimioterapia, mas a assessoria do ex-presidente garante que os médicos retiraram a bolsinha. Agora descansará por duas semanas e tomará outra dose de medicamentos da quimio no próximo dia 21. A radioterapia só acontecerá em janeiro.
Amigos dizem que a barba e os cabelos de Lula ainda não caíram, mas isso pode acontecer nos próximos dias, em função da carga dos remédios contra o câncer nas cordas vocais. Os médicos até recomendaram que ele raspasse, mas ele não quis. Ele também decidiu que vai demorar para voltar ao trabalho no Instituto Cidadania, onde tem escritório.
