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Lenice Caffé, mãe de Felipe Caffé, afirmou nesta quarta-feira que o menor Champinha, um dos acusados pela morte de seu filho e da namorada dele, Liana Friendenbach, não tem a menor condição de retomar o convício social. Champinha não pode ir a julgamento e está internado numa unidade da Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem). Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, ele poderia ficar internado por três anos, prazo que vence em novembro próximo. Mas laudos médicos apontam que Champinha tem problemas mentais e deveria ser submetido a tratamento.

- Não tem a menor condição de retomar o convívio social. Ele é doente, é um psicopata, não tem noção de valores e respeito à vida - disse Lenice, que defendeu que ele seja recolhido a um manicômio judiciário de forma definitiva

O julgamento de três dos cinco acusados pelo assassinato dos namorados Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em novembro de 2003, pode terminar hoje. A sessão foi retomada com a leitura das 80 páginas do processo. O depoimento dos pais das vítimas foi realizado na tarde desta terça-feira. O pai de Liana Friedenbach, o advogado Ari Friedenbcah, pediu que os três acusados de matar sua filha e o estudante Felipe Caffé saíssem do plenário em durante seu depoimento. Ele disse que espera que os acusados sejam condenados à pena máxima. Ele foi a quinta testemunha a depor no julgamento, que ocorre na Câmara Municipal de Embu-Guaçu. Ele falou sobre o relacionamento que tinha com a fila e sobre o namoro de Felipe com a jovem também relatou à juíza sobre a relação de Felipe com a família Friedenbach. Não é permitida presença de jornalistas durante os depoimentos.

- Minha esperança e que eles sejam condenados à pena máxima. Não estou falando só como pai, mas como cidadão. Acho que a sociedade espera essa resposta, que é a condenação de pessoas que são capazes de cometer uma verdadeira atrocidade sem motivo - afirmou o advogado.

Os três acusados, Antonio Matias de Barros, Agnaldo Pires e Antonio Caetano da Silva foram ouvidos na manhã de terça. Eles são acusados de formação de quadrilha, estupro, cárcere privado e homicídio. A defesa argumenta que eles agiram a mando de Champinha, o menor de idade.

No dia 31 de outubro de 2003, uma sexta-feira, os namorados Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Silva Caffé, de 19, saíram para acampar sem que seus pais soubessem. Ela disse à família que viajaria com alguns amigos. Os pais da garota desconfiaram quando Liana não voltou para casa no domingo, 2 de novembro.

Avisada do sumiço do casal, a polícia descobriu que os jovens foram vistos em Embu-Guaçu. Cerca de 200 policiais realizaram buscas pela região que duraram mais de uma semana. Os corpos dos dois foram localizados após a prisão de um menor, identificado como Champinha, que admitiu ter participado do crime. Felipe foi morto com um tiro na nuca e seu corpo estava num córrego. Antes de ser morta com 15 facadas, Liana ficou quatro dias em poder dos criminosos e sofreu abuso sexual.

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