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Câmara

Maia não vai anular sessão da CCJ que aprovou 118 projetos em três minutos

Para presidente da Câmara, "não houve erro no procedimento", Presidente da Comissão diz que projetos aprovados na dizem respeito "à vida do povo"

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), disse nesta terça-feira (27) que não vai anular a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da semana passada que aprovou 118 projetos em três minutos e com apenas dois deputados em plenário. Segundo Maia, o regimento interno da Casa prevê acordo de lideranças para a aprovação de projetos em bloco.

Na reunião, que ocorreu quinta-feira (22), foram aprovados diversos acordos internacionais, 66 redações finais (apenas confirmação do texto aprovado anteriormente) e renovações de concessão de emissoras de rádio e televisão.

"Não houve nenhum erro no procedimento. O Regimento Interno permite sessões sem quórum presencial, apenas com os deputados presentes na Casa e não efetivamente no plenário da comissão", disse. "Se fôssemos anular essa reunião, teríamos de anular todas as outras dos últimos dez anos. E aí, não haveria nenhuma rádio em funcionamento atualmente no país".

Maia destacou que os projetos aprovados já haviam tido o mérito discutido nas comissões correspondentes e que o procedimento já ocorre há muito tempo na CCJ. Com a polêmica, ele determinou a criação de um grupo de trabalho para analisar a possibilidade de alteração na Constituição e, com isso, permitir mais agilidade na análise da constitucionalidade de matérias na comissão.

O presidente da CCJ, João Paulo Cunha (PT-SP), disse que os projetos aprovados não fazem referência "à vida do povo" e que o quórum estava baixo porque era uma votação "tranquila". "Nenhuma matéria votada na quinta-feira incide sobre a vida do povo", comentou.

João Paulo Cunha disse que qualquer deputado tem a prerrogativa de pedir a verificação de quórum, caso o projeto o desagrade. Com isso, haveria a votação nominal e a sessão poderia ter sido derrubada. "As redações finais já haviam passado pelo mérito. As renovações tiveram mérito analisado na Comissão de Ciência e Tecnologia e os acordos internacionais, na Comissão de Relações Exteriores. O regimento amarra muito se formos votar uma por uma. A ideia é fazer com que as coisas fluam", explicou.

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