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investigação

Mais dois empreiteiros ficam calados à CPI da Petrobras

Dos 14 empreiteiros chamados para depor na comissão nas últimas semanas, só dois até agora prestaram esclarecimentos aos parlamentares

Sérgio Cunha Mendes (centro) optou por ficar em silêncio nesta terça na CPI da Petrboras. | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Sérgio Cunha Mendes (centro) optou por ficar em silêncio nesta terça na CPI da Petrboras. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Mais dois empreiteiros ficaram em silêncio na manhã desta terça-feira (2) diante dos membros da CPI da Petrobras: o ex-vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, e o empresário Dario de Queiroz Galvão Filho, da empreiteira Galvão Engenharia. Dos 14 empreiteiros chamados para depor na comissão nas últimas semanas, só dois até agora prestaram esclarecimentos aos parlamentares. Dario e Mendes, que seriam ouvidos na condição de investigado, foram dispensados.

Dario Galvão chegou à CPI munido de um habeas corpus deferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. A medida é uma extensão do benefício dado ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em seu depoimento à comissão em abril. O empresário avisou em sua apresentação que ficaria calado. “Com todo o respeito, gostaria de pedir desculpas, e dizer que por orientação da minha defesa vou permanecer em silêncio”, declarou Dario.

Sérgio Mendes não tinha um habeas corpus, mas também usou o direito constitucional de não se pronunciar. “Como existe um processo em que sou réu, infelizmente por orientação dos meus advogados vou exercer o direito de ficar calado em função dessa situação presente. Vocês me desculpem, mas é uma condição de defesa”, disse Mendes.

Dario Galvão é acionista do Grupo Galvão e membro do Conselho de Administração do Grupo Galvão, proprietário e controlador indireto da Galvão Engenharia. A força-tarefa da Operação Lava Jato atribui a ele “posição de maior responsabilidade em relação aos crimes de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas a dirigentes da Petrobras”. Para os investigadores, Dario era o “efetivo mandante” do pagamento de propina no esquema de corrupção.

À Justiça Federal do Paraná, Mendes afirmou em seu interrogatório que a empresa pagou R$ 8 milhões ao doleiro Alberto Youssef. O empreiteiro contou que os pagamentos parcelados foram feitos em contratos frios firmados com as empresas de fachada GFD Investimentos e Empreiteira Rigidez, controladas pelo doleiro. No depoimento, o empreiteiro classificou o pagamento como uma extorsão. Dos empreiteiros convocados, só Dalton Avancini e Eduardo Hermelino Leite, ambos da Camargo Corrêa, prestaram depoimento.

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